Homilia diária — Eu sei quem tu és: tu és o Santo de Deus! — Somos chamados a abrir nossos corações para a palavra de Jesus, que pode transformar, de libertar!
Eu sei quem tu és: tu és o Santo de Deus!
Hoje, o Evangelho nos leva até a cidade de Cafarnaum, um lugar que se tornou palco de um encontro que revela muito mais do que aparenta à primeira vista. Jesus, o Mestre de Nazaré, está ali, na sinagoga, ensinando. Mas algo incomum acontece: um homem possuído por um espírito impuro grita em alta voz. E o que ele diz? “Eu sei quem tu és: tu és o Santo de Deus!”
Vamos parar um momento para refletir sobre essa declaração. Em meio à confusão, ao medo, à presença daquele espírito maligno, emerge uma verdade incontestável: “Tu és o Santo de Deus!” Essa frase, dita por um espírito impuro, carrega um peso simbólico e teológico profundo. Aquele que vinha para trazer libertação, paz e salvação é reconhecido até pelos inimigos espirituais como o Santo de Deus.
O que significa ser o Santo de Deus?
Mas o que significa ser o Santo de Deus? A palavra “santo” tem um significado especial nas Escrituras. Ser santo é ser separado, consagrado, dedicado totalmente a Deus. E Jesus é o Santo por excelência. Ele ensina sobre Deus pis Ele é Deus encarnado, a própria santidade divina em forma humana. Ele não só fala com autoridade, mas é a própria Autoridade, porque é Deus entre nós.
Quando o demônio declara que Jesus é o Santo de Deus, ele está confessando uma verdade que, muitas vezes, nem nós compreendemos totalmente. Ele está reconhecendo que em Jesus está a plenitude da santidade, o poder que pode destruir as forças do mal, o amor que pode curar as feridas mais profundas da alma humana.
Cala-te, e sai dele!
E Jesus responde a essa declaração com uma ordem firme: “Cala-te, e sai dele!” Jesus não precisa de testemunhos de demônios para afirmar Sua identidade. Sua autoridade se manifesta na palavra, uma palavra que liberta, que restaura, que devolve a dignidade ao homem. Aqui, vemos que a santidade de Jesus não é uma santidade distante, inacessível. Pelo contrário, é uma santidade que desce ao encontro da nossa miséria, do nosso sofrimento, das nossas prisões espirituais, e nos liberta.
A autoridade de Jesus, o Santo de Deus, se manifesta no poder de Suas palavras. Palavras que não são vazias, mas cheias de vida e poder. O demônio é expulso, o homem é libertado, e o espanto toma conta de todos. “Que palavra é essa?” — perguntam-se, atônitos. Não era apenas mais um ensinamento; era a manifestação do poder de Deus no meio deles.
Ele é o Santo que tem poder sobre tudo o que nos oprime
Mas, o que isso significa para nós hoje? Muitas vezes, em nossa vida cotidiana, enfrentamos as “forças” que nos prendem, que nos paralisam, que nos fazem perder o sentido da vida. Pode ser o medo, a ansiedade, o ressentimento, a falta de fé. E nessas horas, precisamos nos lembrar que o Santo de Deus está conosco. Jesus não é apenas uma figura histórica ou um grande mestre moral; Ele é o Santo que tem poder sobre tudo o que nos oprime.
E mais do que isso, Ele nos chama a participar de Sua santidade. Ele nos convida a viver uma vida separada para Deus, não como um fardo, mas como uma libertação. A santidade, como a vemos em Jesus, é uma santidade que liberta, que cura, que nos aproxima cada vez mais de Deus e dos irmãos.
Rezemos
Portanto, irmãos e irmãs, ao reconhecermos Jesus como o Santo de Deus, somos chamados a permitir que essa santidade toque nossas vidas. Somos chamados a abrir nossos corações para a palavra de Jesus, que tem o poder de transformar, de libertar, de curar. E, ao fazer isso, nos unimos a Ele na missão de levar essa santidade ao mundo, de ser testemunhas de que, em Cristo, a libertação e a vida plena são possíveis.
Que possamos, então, viver essa verdade com ousadia e fé. Que possamos reconhecer e proclamar, em nossas vidas, que Jesus é o Santo de Deus, Aquele que vem ao nosso encontro com poder e amor, para nos libertar e nos conduzir à verdadeira vida.
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