HOMILIA – “Se vocês tivessem compreendido o que significa: Quero misericórdia e não sacrifícios, vocês não teriam condenado os inocentes”. Mt 12, 1-8
No Evangelho de hoje, os discípulos de Jesus, arrancam espigas de trigo para comer, o que não foi roubo. Segundo as leis daquele tempo, se fosse para matar a fome, era permitido recolher o que pendia no caminho.
O único problema é que era sábado, e era considerado trabalho. A lei judaica proibia fazer colheita no sábado. O sábado era considerado um sinal de aliança com Deus, dia de total repouso (Cf Ex, 34,21 e Dt 23, 25). A ação dos discípulos de Jesus não foi trabalho. Mas os fariseus colocaram tudo no mesmo plano e censuram Jesus, pois o descanso sabático tinha se tornado uma obsessão legalista.
Jesus não questiona a instituição religiosa do sábado, mas a escala de valores que tornou absoluto o que era relativo. E esqueceram o que era mais importante. Jesus argumenta que que certas urgências têm preferências sobre a Lei.
Jesus propõe uma reflexão ética: quem vale mais uma lei ou uma pessoa? Ele coloca a pessoa e suas necessidades concretas acima da Lei. A fome não espera ninguém. Se se tem comida e famintos, nada mais justo do que alimentá-los, mesmo sendo sábado. Jesus mostra que é maior do que sábado. E que o sábado foi feito para servir a vida, assim como a Lei.
Além disso, Jesus vai lembrar também, aos fariseus que precisam aprender o que significa: “Quero misericórdia e não sacrifício”. O que Deus espera de cada um, não é mera observância da lei; mas a solidariedade, o socorro necessário e imediato. O salvamento de uma vida: uma religião do amor! É o culto que se espera. A misericórdia de Deus entre os irmãos.
Rezemos: Senhor, livra-me da tentação do legalismo, que me afasta da misericórdia e impede de ver o mundo e as pessoas com o olhar do Pai. Que eu saiba amar e cuidar.
O Senhor nos abençoe e guarde.
REFERÊNCIA: Mt 12, 1-8
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