O Cântico de Maria e a Celebração da Misericórdia Divina

Homilia – “O Cântico de Maria e a Celebração da Misericórdia Divina”

 

 

 

 

 

O Cântico de Maria e a Celebração da Misericórdia Divina”

 

 

 

 

 

O Evangelho de hoje nos traz o Magnificat, o cântico de louvor entoado por Maria, a mãe de Jesus. Este hino de alegria e gratidão revela a profunda fé de Maria e seu entendimento da ação misericordiosa de Deus na história. O Magnificat é um convite para todos nós refletirmos sobre as maravilhas de Deus em nossas vidas e no mundo.

 

Maria começa seu cântico exaltando o Senhor e expressando a alegria de seu espírito em Deus, seu Salvador. Ela reconhece a grandeza do que Deus fez por ela, uma jovem humilde da Galileia. A declaração “doravante todas as gerações me chamarão bem-aventurada” reflete a conscientização de Maria de seu papel único na história da salvação e a honra que lhe foi concedida.

 

 

A fidelidade de Deus

 

O Magnificat também é um cântico de justiça divina. Maria proclama que Deus dispersou os soberbos, derrubou os poderosos de seus tronos e elevou os humildes. Este aspecto do cântico ressalta a preocupação de Deus pelos marginalizados e oprimidos. Deus é apresentado como o defensor dos humildes e dos famintos, aquele que inverte as estruturas de poder do mundo para estabelecer a Sua justiça.

 

O cântico de Maria celebra a fidelidade de Deus às Suas promessas. Ela relembra a misericórdia de Deus para com Israel e a promessa feita a Abraão e sua descendência. Maria entende que a sua experiência faz parte do cumprimento das antigas promessas de Deus, e seu cântico é uma afirmação da continuidade da misericórdia e do amor de Deus ao longo das gerações.

 

A estadia de Maria com Isabel por três meses reflete a comunhão e o apoio mútuo entre essas duas mulheres que desempenharam papéis fundamentais no plano de salvação. A visita de Maria a Isabel e o Magnificat são exemplos do poder da comunidade e da partilha de fé entre os crentes.

 

 

Manter uma atitude de louvor e confiança

 

A contemplação do Magnificat nos convida também a refletir sobre nossa própria resposta à ação de Deus em nossas vidas. Maria, ao reconhecer a grandeza do Senhor e Sua misericórdia, nos ensina que a verdadeira resposta à graça divina é a gratidão e o louvor. Em nossas próprias vidas, diante das bênçãos e dos desafios, somos chamados a manter uma atitude de louvor e confiança em Deus, reconhecendo que tudo vem de Suas mãos amorosas.

 

Além disso, o Magnificat nos desafia a ser ativos na promoção da justiça e da misericórdia de Deus no mundo. Assim como Maria proclama a inversão dos poderes mundanos e a elevação dos humildes, somos chamados a ser vozes e mãos de Deus na construção de um mundo mais justo e compassivo. A fé que celebramos e proclamamos deve nos levar a agir em favor dos pobres, dos marginalizados e dos oprimidos, refletindo o coração misericordioso de Deus em nossas ações.

 

Por fim, a jornada de Maria desde a Anunciação até o Magnificat é um testemunho do caminho de fé que todos somos convidados a percorrer. A vida de Maria foi marcada por uma série de sim’s a Deus, cada um levando a um aprofundamento maior em sua compreensão e experiência da graça de Deus. Que possamos seguir o exemplo de Maria, dizendo nosso próprio sim a Deus, crescendo em fé, amor e serviço ao Senhor.

 

 

Rezemos

 

Ave Maria, cheia de graça, o Senhor é convosco; bendita sois vós entre as mulheres e bendito é o fruto do vosso ventre, Jesus. Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós pecadores, agora e na hora da nossa morte. Amém. (LC)

 

 

 

 

 

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