Meditação sobre o Amor ao próximo – Mons. Ascânio Brandão

Queres saber se o teu amor pelo próximo é puro, sincero e de acordo com Deus? Meditação sobre o Amor ao próximo – Mons. Ascânio Brandão

 

 

 

 

 

MEDITAÇÃO SOBRE O AMOR AO PRÓXIMO

 

 

 

I. Deves amar o teu próximo como a ti mesmo, porque fostes criado à imagem de Deus, e Jesus Cristo, que morreu por ti, te ordenou. Como observas este preceito? Onde está tua compaixão pelos pobres e miseráveis? Oh! Longe de amar teus irmãos, teu coração está cheio de inveja, raiva e ódio contra eles. Jesus Cristo irá tratá-lo como tratas aos outros.

II. Deves amar todos os homens, porque Jesus Cristo morreu por todos e todos são teus irmãos em Jesus Cristo. Mas há infiéis, hereges, pecadores… O que isso importa? Acaso Ele te revelou que eles não deixarão a infidelidade deles ou o caminho do vício? Talvez um dia eles sejam maiores que tu no céu. Deus te amou quando tu eras um pecador, para te fazer passar do estado do pecado para o da graça. (Santo Agostinho).

III. Queres saber se o teu amor pelo próximo é puro, sincero e de acordo com Deus? Veja se fazes aos outros o que queres que eles te façam. Se é pobre, se está aflito ou doente. Não gostarias de ser ajudado e aliviado? Seria bom ser maltratado, ser ridicularizado, difamado, em uma palavra, tratado como tu tratas aos outros? Aplique esta regra e descobrirás as falhas que cometes contra o teu vizinho. De acordo com a medida que medes, serás medido, disse Nosso Senhor Jesus Cristo.

 

 

Comentário

A meditação sobre o amor ao próximo aborda um dos conceitos fundamentais não apenas do Cristianismo, mas também de muitas tradições espirituais e éticas em todo o mundo: o imperativo de tratar os outros com a mesma consideração e bondade com que gostaríamos de ser tratados. Este texto destaca a importância do amor incondicional, misericórdia e compaixão por todos, independentemente de suas circunstâncias, crenças ou ações passadas.

 

Primeiro ponto

No primeiro ponto, a meditação enfatiza a ordem dada por Jesus Cristo para amar o próximo como a si mesmo, lembrando ao leitor que todos são criados à imagem de Deus. Este apelo à reflexão sobre como tratamos os outros sugere que muitas vezes falhamos em viver de acordo com esse mandamento, permitindo que sentimentos negativos como inveja, raiva e ódio contaminem nossos corações.

 

Segundo ponto

O segundo ponto amplia essa mensagem para incluir todos os seres humanos, independentemente de suas crenças ou comportamentos. Cita Santo Agostinho para lembrar que Deus nos amou mesmo quando éramos pecadores, com o propósito de nos transformar pela graça. Isso sugere que devemos estender essa mesma graça e amor aos outros, reconhecendo a possibilidade de redenção e transformação em todos.

 

Terceiro ponto

O terceiro ponto oferece uma orientação prática para avaliar a pureza e sinceridade do nosso amor ao próximo: a regra de ouro de fazer aos outros o que gostaríamos que fizessem por nós. Esta parte da meditação nos desafia a refletir sobre nossas ações e atitudes em relação aos outros, especialmente aqueles em situações de vulnerabilidade, como pobreza, aflição ou doença. Encoraja-nos a adotar uma postura de empatia e solidariedade, lembrando que seremos julgados com a mesma medida que usamos para julgar os outros.

 

Conclusão

Em resumo, esta meditação sobre o amor ao próximo serve como um lembrete poderoso e convicto da centralidade do amor, compaixão e misericórdia nas nossas vidas. Convida-nos a examinar nossos corações e ações, a superar sentimentos negativos e a buscar viver de acordo com o princípio de tratar todos com bondade e respeito, seguindo o exemplo de amor incondicional demonstrado por Jesus Cristo.

 


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