Quem perder a sua vida por causa de mim, esse a salvará. Liturgia Diária – Evangelho de hoje – Quinta-feira, 15/02/24
Liturgia Diária – Evangelho de hoje – Quinta-feira, 15/02/24
Quem perder a sua vida por causa de mim, esse a salvará
Quinta-feira, 15 de Fevereiro de 2024depois das Cinzas
Leituras:Dt 30,15-20Sl 1,1-2.3.4 e 6 (R. Sl 39,5a)Lc 9,22-25
PRIMEIRA LEITURA
Hoje te proponho bênção e maldição (Dt 11,26).
Leitura do Livro do Deuteronômio 30,15-20
a vida e a felicidade,
a morte e a desgraça.
que eu hoje te ordeno,
seguindo seus caminhos e guardando seus mandamentos,
suas leis e seus decretos,
e não quiseres escutar,
e se, deixando-te levar pelo erro,
de que vos propus a vida e a morte, a bênção e a maldição.
Salmo responsorial Sl 1,1-2.3.4 e 6 (R. Sl 39,5a)
que à beira da torrente está plantada;
ela sempre dá seus frutos a seu tempo, †
Eis que tudo o que ele faz vai prosperar. R.
Ao contrário, são iguais à palha seca *
mas a estrada dos malvados leva à morte. R.
Aclamação ao Evangelho Mt 4,17
V. Convertei-vos, nos diz o Senhor,
EVANGELHO
Quem perder a sua vida por causa de mim, esse a salvará.
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas 9,22-25
HOMILIA
No coração do Evangelho segundo Lucas, encontramos um convite desafiador de Jesus: renunciar a si mesmo e tomar a própria cruz diariamente. Este chamado é um eco da própria jornada de Cristo, marcada por sofrimento, rejeição e, finalmente, a morte na cruz, seguida pela ressurreição. A mensagem aqui é profunda e convoca cada um de nós a uma reflexão íntima sobre o verdadeiro custo do discipulado.
Jesus, ao prever seu destino de dor e glória, não apenas anuncia o que está por vir, mas também estabelece um paradigma para seus seguidores. A cruz, longe de ser um mero símbolo de sofrimento, transforma-se em um sinal de vitória sobre o egoísmo e a morte. Ao convidar seus discípulos a carregar sua própria cruz, Jesus os chama à liberdade verdadeira, encontrada na entrega total a Deus e no serviço aos outros.
A paradoxal afirmação de perder a vida para salvá-la revela uma verdade espiritual profunda: a vida eterna é alcançada não pela autopreservação, mas pelo autossacrifício. Este princípio contraintuitivo desafia as noções mundanas de sucesso e realização, propondo uma redefinição radical do que significa realmente viver. No coração deste ensinamento, está o convite para abraçar o amor sacrificial como o caminho para a verdadeira vida.
Jesus, então, confronta seus seguidores com uma pergunta penetrante sobre o valor da vida: “De que adianta ao homem ganhar o mundo inteiro se se perde e se destrói a si mesmo?” Esta interrogação nos chama a ponderar sobre nossas prioridades e sobre o que verdadeiramente valorizamos. Nos convida a considerar a eternidade, em vez de nos perdermos na busca por ganhos temporais e prazeres passageiros.
Portanto, a homilia de hoje nos convoca a uma jornada de fé que abraça a cruz, símbolo máximo do amor de Deus pela humanidade. É um convite a seguir Jesus não apenas em palavras, mas em ação, vivendo uma vida de entrega e serviço. Que possamos encontrar a coragem de perder nossa vida por amor a Cristo, descobrindo, assim, a verdadeira essência do que significa ser salvos. Que esta reflexão nos inspire a viver segundo o Evangelho, transformando cada dia em uma oportunidade de crescer em santidade e amor.