LETRA “S” DICIONÁRIO CATÓLICO

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LETRA “S” DICIONÁRIO CATÓLICO

 

SACERDOTE

é o Clérigo que recebeu a Ordem do Presbiterato. Em Portugal é conhecido pela designação geral de Padre. Os Sacerdotes são os continuadores dos setenta discípulos que acompanharam Jesus Cristo e o próprio do seu Ofício é serem medianeiros entre Deus e o povo. O Sacerdote recebe, na Ordenação sacerdotal, o poder de celebrar o Sacrifício da Missa, de pregar e de administrar
os Sacramentos.

O Sacerdote faz os homens cristãos pelo Batismo, alimenta-os na Comunhão, reconcilia-os com Deus na Confissão, conforta-os na ExtremaUnção, instrui-os na Pregação, educa-os na Catequese, entrega as suas almas ao Criador na hora da morte, abrevia-lhes a entrada no Céu com os sufrágios litúrgicos, põe o fundamento da vida cristã no sacramento do Matrimônio, une a todos no Sacrifício da Missa; distribui ao povo cristão as graças de Deus e em nome do povo cristão oferece a Deus as honras que lhe são devidas; fala aos homens em nome de Deus e fala a Deus em nome dos homens.

SACRAMENTAL

é uma coisa ou uma ação de que a Igreja costuma servir-se para obter efeitos, principalmente espirituais. As coisas são os objetos benzidos: a água benta, os escapulários, medalhas, Agnus Dei, velas ou ramos bentos, etc.

As ações são as bênçãos que os Ministros Sagrados fazem sobre as pessoas ou sobre as coisas que consagram ao culto divino. Os Sacramentais foram instituídos pela Igreja; são úteis mas não necessários; podem obter a graça de Deus, mas só por virtude da oração da Igreja e da piedade de quem a reza. Os seus principais efeitos são: o perdão dos pecados veniais, a colação da graça
atual, a preservação de males de ordem temporal, a separação de coisas e de pessoas do uso profano, o afastamento do demônio para que não nos moleste. O Apóstolo São Paulo ensina que «toda a criatura é santificada pela palavra de Deus e pelas orações (Ep. 1 Tim. IV, 4, 5) e é precisamente a oração que acompanha as bênçãos da Igreja que atrai sobre os Sacramentais a virtude que
têm de produzir os seus efeitos de santificação.

SACRAMENTO

é um sinal sensível que, por instituição divina, tem a virtude de significar e produzir a graça. Quem recebe um Sacramento recebe a graça de Deus, que faz Santo aquele que o recebe dignamente e produz nele o efeito próprio de cada Sacramento. Foi esse o fim porque Jesus Cristo os instituiu.

São sete: Batismo, Confirmação, Eucaristia, Penitência, Extrema-Unção, Ordem e Matrimônio.

Pelo Batismo, que apaga o pecado original, o homem nasce para a vida espiritual e sobrenatural; pela Confirmação robustece e cresce na vida sobrenatural; pela Comunhão alimenta a vida espiritual; pela Penitência recebe o perdão dos pecados; pela Extrema-Unção limpa os restos do pecado; pela Ordem é confiado a alguns fiéis o poder de reger e dirigir os outros na sociedade religiosa; o Matrimônio torna legítimos os atos da geração e santifica a propagação do gênero humano. Pelos sete Sacramentos providenciou Jesus Cristo acerca da vida sobrenatural do
homem como ser individual e social.

SACRÁRIO

é o tabernáculo ou pequeno armário colocado sobre o altar, para nele se conservar a Sagrada Eucaristia. Deve ser de metal ou de madeira dourada e forrado por dentro de seda branca; dispensa-se, porém, o forro de seda, se for dourado interiormente (S. C. R). Dentro do sacrário está um pequeno vaso chamado cibório ou píxide, sobre um corporal, contendo a Sagrada Eucaristia e
não pode estar mais nada.

Deve estar sempre coberto com um pavilhão, que pode ser sempre de cor branca, sendo preferível da cor dos paramentos litúrgicos do dia. Diante do sacrário não se pode colocar a cruz, nem vasos de flores, nem quaisquer objetos.

É também proibido sobrepor-lhe qualquer objeto (com exceção da cruz). Só pode haver um em cada igreja, e há de estar colocado de modo inamovível, no altar-mor ou principal, exceto nas igrejas em que haja Colegiada ou nas Sés episcopais, onde deve estar em altar lateral. Convém todavia que na igreja haja outro sacrário, que possa receber o Santíssimo em alguma circunstância inesperada.

O sacrário deve ser benzido.

SACRAS

são três quadros em que estão impressas algumas orações fixas da Missa e que se colocam no altar para o Celebrante as rezar mais comodamente do que olhando para o Missal.

SACRIFÍCIO

é a oblação externa de uma coisa sensível com a sua destruição ou mudança, feita exclusivamente a Deus pelo legítimo Ministro, em reconhecimento do Seu supremo domínio sobre todas as criaturas. Há também um sacrifício interior, invisível, o qual consiste na oferta que fazemos a Deus de nós mesmos, para vivermos unidos a Ele e fazermos a sua vontade.

O único Sacrifício da Religião Cristã é a oblação do Corpo e do Sangue de Jesus Cristo, debaixo das espécies do pão e do vinho consagrados na Missa, Sacrifício que fica completo com a comunhão do Sacerdote que, em nome de Jesus Cristo mesmo, o oferece.

Pode entender-se por sacrifício qualquer ato em honra de Deus para o aplacar, assim como todos os obséquios feitos ao próximo enquanto se referem a Deus, e também qualquer mortificação. O homem precisa de fazer sacrifícios por causa da remissão dos pecados, da conservação da graça e da consecução da glória eterna.

SACRILÉGIO

é a profanação das coisas santas ou consagradas a Deus, ou a violação ou mau trato de pessoas ou coisas sagradas, enquanto sagradas.

É pessoal, real ou local, segundo é praticado em pessoa, em coisa ou em lugar consagrados a Deus. É pecado mortal porque constitui grave irreverência às pessoas, coisas ou lugares consagrados ao culto divino. Porém, para se julgar da gravidade do pecado é preciso atender ao grau de santidade da pessoa, da coisa ou do lugar violados, ao grau de irreverência e à intenção do agente.

SACRISTÃO

desempenha o ofício de serventuário do Pároco no ministério paroquial e sacerdotal. Deve ser pessoa de costumes exemplares, de provada honradez e piedade, zeloso com a decência e esplendor da igreja, respeitoso para com as coisas santas, asseado na sua pessoa e de boas maneiras para com os fiéis e deve manter a ordem e o asseio na igreja, na sacristia e noutras dependências.

Deve abrir e fechar a igreja às horas designadas; vigiar a lâmpada do Santíssimo para que esteja sempre acesa, de dia e de noite; zelar os paramentos e todas as alfaias da igreja, conservando-as sempre nos seus lugares e em boa ordem.

Pode usar batina e sobrepeliz nos atos litúrgicos, ou pelo menos há de apresentar-se vestido convenientemente no serviço da igreja (C. 683).

SACRISTIA

é uma dependência da igreja, onde os Sacerdotes se paramentam para celebrarem os atos do culto. Não é propriamente um lugar santo, mas também não é um lugar completamente profano.

É proibido fumar na sacristia (C. P.).

Não só na igreja, mas também na sacristia, não se venderão estampas, mortalhas, cera, medalhas ou outros objetos, nem tão pouco se efetuarão rifas, leilões ou atos semelhantes, ainda que seja para auxiliar obras pias ou de caridade (C. 1178 e C. P.). A não ser que haja causa justa, os Párocos e Superiores das igrejas não permitirão que os leigos se demorem na sacristia e muito menos que nela conversem ou assistam daí aos atos do culto (C. P.).

SAL

é um elemento usado na liturgia, e que benzido, se mistura com a água, como símbolo de incorruptibilidade. É posto na língua do que se batiza, como símbolo de sabedoria e de alimento celeste.

SALMOS DE DAVI

formam um livro da Sagrada Escritura, no Antigo Testamento.

São 150, e chamam-se de Davi porque foi este Rei quem compôs a maior parte deles. Os Salmos são a forma antiquíssima de orar publicamente, usada no tempo da sinagoga. Estão cheios da moral mais pura, respiram o espírito de piedade, despertam todos os sentimentos dignos dum coração cristão. Os Salmos formam a oração oficial da Igreja na recitação do Ofício divino e em muitas orações litúrgicas.

SANTA SÉ OU SEDE APOSTÓLICA

Por esta designação entende-se o Romano Pontífice, as Congregações Romanas, os Tribunais e Ofícios, pelos quais o Romano Pontífice costuma tratar os negócios da Igreja (C. 7).

SANTIDADE

é o mais elevado grau de perfeição a que podemos chegar, pelo cumprimento da Lei de Deus e pela obediência aos conselhos de Jesus Cristo. O Apóstolo São Pedro escreveu: «Como é santo Aquele que vos chamou (Jesus Cristo), sede vós também santos em todas as vossas ações». (Ep. I Ped. 7, 15). E São Paulo disse: «Procurai a paz com todos e a santidade (devida), sem a qual ninguém verá a Deus» (Ep. Hebr. XII, 14;) e ainda: «esta é a vontade de Deus, a vossa santificação» (Ep. I Tessal. IV, 3).

Deus quer que sejamos santos e, para o sermos, havemos de fazer todas as nossas ações com a perfeição possível e com a intenção de Lhe sermos agradáveis. É esse o nosso maior interesse.

SANTOS

são os fiéis que gozam a felicidade eterna no Céu. Foram pessoas humanas como nós, fracas como nós, tentadas como nós, sujeitas às mesmas misérias que nós; mas seguiram a luz da fé divina, a mesma que nós temos; cumpriram os Mandamentos divinos, a que também nós somos obrigados; receberam os mesmos Sacramentos que nós podemos receber; esforçaram-se por santificar a sua vida, como nós podemos fazer. Façamos como eles e iremos gozar a felicidade que eles gozam no Céu.

SATISFAÇÃO SACRAMENTAL

é a reparação voluntária que o pecador faz a Deus, penitenciando-se, pela injúria que Lhe tem feito com os seus pecados.

É uma parte do Sacramento da Penitência, não parte essencial, mas sem ela cumprida, o penitente fica privado de satisfazer a parte da pena temporal que merece, pelos pecados cometidos e que, não sendo satisfeita neste mundo, terá o de ser no Purgatório.

É certo que a nossa satisfação só tem valor em virtude da satisfação de Jesus Cristo na Cruz, por isso havemos de estar em graça quando fazemos obras de satisfação.

Também é certo que Jesus Cristo satisfez suficientemente por todos os homens, mas não eficazmente, isto é, torna-se necessário que os homens queiram aplicar a si mesmos os méritos da satisfação de Jesus Cristo, o que farão pelo arrependimento dos seus pecados e pelo amor a Jesus.

SECULARIZAÇÃO

é o indulto concedido pela Santa Sé aos religiosos de direito Pontifício, ou pelo Bispo aos de direito diocesano, o qual tem por efeito separar perpetuamente o religioso da Ordem ou da Congregação a que pertencia, voltando ao estado secular.

SEGREDO

é aquilo que não sendo público se deve guardar oculto, ou que não se deve comunicar a outro. Revelar um segredo sem causa justa e proporcionada à sua gravidade é um pecado ou contra a justiça, se é causa de algum dano, ou contra a fidelidade, se o segredo foi prometido. Se não é lícito, de modo geral, violar segredos também não é lícito explorá-los injusta e maliciosamente. Por isso pecam, não só os que revelam segredos, mas também os que os querem arrancar, os que escutam às portas, os que lêem cartas a outros dirigidas.

Casos há, porém, em que é lícito revelar os segredos: quando o bem público da sociedade ou da Igreja assim o exigir, quando a caridade para com o próximo ou para conosco assim o reclamar. Também a autoridade legítima pode, por justas razões, procurar conhecer os segredos que digam respeito ao bem da sociedade, como seria a necessidade de descobrir um criminoso.

SEMANA SANTA.

Ver ENDOENÇAS.

SEMINÁRIO

é o estabelecimento de educação e ensino que tem por fim experimentar a vocação dos que pretendem entrar no estado eclesiástico, dirigindo-os e educando-os na prática de todas as virtudes cristãs, e instruindo-os em todos os conhecimentos necessários para o melhor desempenho das funções sacerdotais, sempre em conformidade com a doutrina da Santa Igreja Católica.

A direção e governo, tanto espiritual como temporal do Seminário pertence ao Bispo (C. 1357), ao qual compete escolher:

a) um Reitor para presidir à administração do mesmo Seminário;

b) um Vice-Reitor e Prefeitos, que façam observar a disciplina e cuidem da educação dos seminaristas;

c) um Diretor espiritual, cujo principal cuidado consiste em infundir e cultivar nos seminaristas a vida de piedade;

d) Professores, que se ocupam da instrução dos alunos, ao mesmo tempo que concorrem para a sua formação moral e piedosa.

SEMINARISTAS

são os alunos que frequentam o Seminário.

A sua admissão é reservada ao Bispo. Só em casos muito extraordinários poderá algum ficar externo. Somente podem ser alunos do Seminário os que se propuserem receber nele educação para o estado eclesiástico (C. 1363), e não podem ser admitidos os filhos ilegítimos, nem os filhos de país divorciados.

Os estudos dos seminaristas abrangem cinco anos de Humanidades, três de Filosofia e quatro de Curso Teológico. Para a admissão no Seminário devem os pretendentes entender-se com os seus respectivos Párocos, os quais não aceitarão a proposta de nenhum que seja filho ilegítimo, filho de divorciados, ou de pais alcoólicos, ou de conduta imoral, e cujas intenções não sejam puras e retas.

SENSUALIDADE

é a busca dos prazeres dos sentidos fora das leis estabelecidas por Deus. Produz efeitos que são a vergonha da humanidade. A quantos crimes ela arrasta, a quantas baixezas faz descer, em que misérias morais e físicas faz cair! Ela cega os que a reprovam, vence os que a condenam, domina os que a detestam, escraviza mesmo aqueles a quem repugna. Cautela devemos ter, porque naquilo que censuramos aos outros podemos também cair, se não correspondemos à graça de Deus.

SEPULTURA

Todos podem, não lhes sendo isso expressamente proibido pelo direito, escolher a igreja do seu funeral ou o cemitério da sua sepultura, exceto os impúberes (C. 1223, 1224). Mas para se eleger sepultura em cemitério diverso do da paróquia própria do defunto, requer-se licença, concedida por aquele de quem depender o cemitério (C. 1228).

A sepultura eclesiástica consiste na trasladação do cadáver para a igreja, nas exéquias perante ele celebradas e na sua deposição em lugar legitimamente destinado ao enterramento dos fiéis defuntos (C. 1204).

São privados de sepultura eclesiástica os que morrem sem Batismo e também, a não ser que antes da morte tenham dado algum sinal de penitência:

1.° Os notórios apóstatas da Fé ou notoriamente filiados em seita herética ou cismática, ou seita maçônica, ou noutras associações da mesma natureza.

2. o Os excomungados ou interditos, depois da sentença condenatória ou declaratória.

3.° Os que deliberadamente se suicidaram.

4.° Os mortos em duelo ou em consequência de ferimento nele recebido.

5.° Os que tenham mandado que o seu corpo seja queimado.

6.° Outros pecadores públicos e manifestos (C. 1240).

Devem considerar-se pecadores públicos manifestos os que vivem em público concubinato, estejam ou não registrados civilmente (C. P.). Aos que recusam os últimos Sacramentos será negada sepultura eclesiástica, se tal recusa tiver sido diante de várias pessoas, de maneira que a concessão de sepultura eclesiástica seja ocasião de escândalo. Ocorrendo dúvida sobre se pode ser dada sepultura eclesiástica aos que o Direito Canônico enumera como excluídos, consulte-se o Ordinário, se houver tempo; permanecendo a dúvida, dê-se sepultura eclesiástica, mas de sorte que se remova o escândalo (C. 1240).

Nenhum corpo pode ser sepultado, principalmente se a morte for repentina, sem que passe o intervalo de tempo bastante (24 horas) para remover a dúvida sobre a certeza do óbito (C. 1213). Depois de dada a sepultura eclesiástica em qualquer lugar a um cadáver, não pode este ser exumado sem licença do Bispo (C. 1214).

SEXTA

é a hora canônica que se rezava ao meio dia, correspondendo à hora sexta do dia.

SEXTA FEIRA SANTA

— Ver a palavra ENDOENÇAS.

SIGILO SACRAMENTAL

é o absoluto segredo que o Confessor guarda, de tudo o que conhece por meio da Confissão sacramental e de cuja revelação pode resultar gravame ao penitente. Assim determina o Código de Direito Canônico: O sigilo sacramental é inviolável; por isso acautele-se diligentemente o Confessor, para que nem por palavra, nem por escrito, nem por sinal ou qualquer outro modo, nem por motivo nenhum denuncie o pecador. A mesma obrigação têm o intérprete e todos aqueles que de qualquer modo tiverem notícia da Confissão (C. 889).

É inteiramente proibido ao Confessor o uso da ciência adquirida pela Confissão, com gravame do penitente, excluído mesmo o perigo de revelação (C. 890).

Nem pode o Confessor ser testemunha, em tribunal, dos penitentes que confessa, ou do que soube pela Confissão sacramental (1757).

SÍLABO

é a coleção de 80 proposições que contêm os principais erros modernos condenados pelo Papa Pio IX e publicado em 1864. São erros em defesa do panteísmo, do socialismo, do naturalismo, do comunismo, das sociedades secretas e erros contra os direitos da Igreja sobre a sociedade civil, sobre o casamento civil e vários outros. Condenados como estão pela suprema Autoridade da Igreja, nenhum católico os pode defender nem admitir.

SIMONIA

é a deliberada vontade de comprar ou vender alguma coisa espiritual (como a graça e os Sacramentos,) ou coisa temporal anexa a coisa espiritual (como o cálice consagrado, por causa da consagração, um benefício eclesiástico, etc.). É pecado mortal, por falta de reverência para com as coisas divinas, tais como a consagração do cálice (C. 727). Mas não há simonia quando se dá alguma coisa espiritual, segundo legítimo costume reconhecido pela Igreja.

Como não há simonia comprando, por exemplo, um cálice consagrado pelo preço do cálice, sem aumento por causa da consagração. (C. 730).

SINCERIDADE

é uma virtude natural que nos faz dizer sempre a verdade.

É tão essencial na vida cristã que nenhuma prática de piedade a pode suprir ou compensar. É um laço social e a base das relações sociais. «Seja a vossa palavra sim, sim, não, não», disse Jesus Cristo, ensinando-nos que devemos falar com lealdade e sinceridade. Em todos os atos da nossa vida, pois, sejamos verdadeiramente sinceros, leais.

SÍNODO DIOCESANO

é a assembléia, presidida pelo Bispo, na qual tomam parte os sacerdotes que a isso têm direito. Deve ser celebrado em cada Diocese ao menos de dez em dez anos. No Sínodo são tratados assuntos que dizem respeito às necessidades particulares ou à utilidade do Clero e do povo dessa Diocese. É convocado e presidido pelo Bispo, que é o único legislador nos Sínodos, tendo somente voto consultivo os Sacerdotes convocados (C. 356, 357, 362).

SINÓTICOS (Evangelhos)

Dá-se este nome à narração evangélica dos três primeiros Evangelistas, porque, dispondo em três colunas os textos das partes comuns, obtém-se uma sinopse (vista de conjunto) concordando em muitos pontos.

SINOS

Por serem destinados ao culto divino, por meio de sagração ou bênção litúrgica, o seu uso está unicamente sob a dependência da autoridade eclesiástica; por isso, fora do caso de necessidade, não se devem tocar senão de harmonia com as prescrições litúrgicas e as determinações do Bispo. O seu uso seja moderado, principalmente de noite (C. P.), cada toque de sinos não deve prolongar-se por mais de três minutos. A chave da torre dos sinos esteja em poder do Pároco ou do Superior respectivo, ou, com licença destes, em poder de pessoa de confiança (C. P.).

Nos dias em que, pela solenidade, não é permitido celebrar exéquias ou funerais com pompa e canto, também não se pode tocar a finados. Aos domingos e dias santificados, só depois de terminada a Missa paroquial se podem fazer toques fúnebres, e onde se fizer a Procissão pelos defuntos ao domingo, durante ela são proibidos os sinais fúnebres. De noite não se pode tocar a finados, exceto na véspera de fiéis defuntos.

Não são permitidos dobres ou sinais fúnebres dos sinos por aqueles a quem é recusada sepultura eclesiástica.

Os toques dos sinos anunciam aos fiéis os vários atos do culto religioso, convidando-os a recordar e a tomar parte na oração, nas alegrias e nas tristezas de que os toques dão sinal.

SOBERBA

é o primeiro dos sete pecados capitais. É a estima excessiva ou o amor desordenado que o homem tem de si mesmo e da própria excelência, a qual faz com que atribua tudo a si e não a Deus.

De quatro modos podemos cair no pecado da soberba:

a) gloriando-nos dos bens naturais e sobrenaturais que temos, como se os tivéssemos de nós mesmos;

b) atribuindo só aos nossos méritos os benefícios que recebemos de Deus;

c) jactando-nos de ter o que não temos ou mais do que temos;

d) rebaixando ou desprezando os outros. A soberba é um pecado que dá origem a muitos outros pecados.

De modo particular procedem da soberba: a presunção, a ambição, a vanglória, a jactância, a hipocrisia, a teimosia, a sobranceria, a insubmissão e a incredulidade. Jesus Cristo condena a soberba, dizendo: «Todo o que se exalta será humilhado» (Ev. S. Mat. XXIII, 12).

SOBREPELIZ

é uma veste litúrgica de tecido branco, que, entrando pela cabeça, desce dos ombros até aos joelhos, com mangas compridas e largas. Em Portugal, geralmente é curta e sem mangas. É conveniente que seja de linho ou de cânhamo.

SOLITÁRIOS

É o nome dado aos cristãos que no IV século se retiravam da sociedade, ainda, paganizada, para viverem nos desertos do Egito, em oração, jejum e outras penitências, com o fim de perpetuarem na Igreja a prática de todas as virtudes.

SOFRIMENTO

A causa do sofrimento no gênero humano é o pecado original; por isso todo o homem está sujeito à dor. A cada maldade voluntariamente praticada, corresponde algum castigo que faz sofrer. Mas o sofrimento é remédio que nos preserva de cair em pecado, oferece-nos ocasião de praticarmos grandes virtudes e é meio de expiarmos pelos nossos pecados.

Para o sentirmos menos amargo e o tornarmos meritório, devemos suportá-lo com resignação, lembrando-nos de que Deus é nosso Pai, que nos castiga para nosso bem e de que as tribulações desta vida são nada em comparação com a glória eterna que o sofrimento nos ajuda a conseguir.

SUBDIACONATO

é a Ordem que confere o poder de preparar nos vasos sagrados a matéria do Sacrifício da Missa, de cantar a Epístola na Missa solene, de purificar os sanguíneos e os corporais e de oferecer o cálice com a patena ao Diácono nas Missas cantadas. O Subdiaconato só pode ser recebido depois do 3.° ano do curso teológico e com a idade de 21 anos completos (C. 975, 976).

SUFRÁGIO

é toda a obra feita com a intenção de prestar alívio às almas que sofrem no Purgatório. O livro 2.° dos Macabeus, XII, 43, ensina que é santo e salutar o pensamento de orar pelos defuntos, para que lhes sejam perdoados os pecados, isto é, para que sejam aliviados das penas que sofrem por causa dos seus pecados.

As almas que estão no Purgatório permanecem em união de caridade com os que ficaram neste mundo; podemos por isso, e devemos, usar de caridade para com elas, pois são-lhes proveitosas as nossas boas obras. As principais, que têm o nome de sufrágios, são: a Missa, a Sagrada Comunhão, a oração, os atos de piedade, os sacrifícios próprios, a esmola e as indulgências.

Para que as orações e boas obras dos fiéis aproveitem às almas do Purgatório, é necessário que quem as faz esteja na graça de Deus e tenha intenção de aplicálas a essas almas.

SUICÍDIO

é o ato pelo qual o homem se dá a morte a si mesmo, diretamente e por própria autoridade. Em nenhum caso é lícito o suicídio. Deus é o autor da vida; confia o uso desse bem a cada homem para este realizar um fim determinado durante o tempo que Deus lhe conceder. Aquele que se suicida usurpa os direitos de Deus, morrendo por sua vontade antes de ter realizado o fim para que foi chamado à vida. O suicídio é um pecado mortal; se não é um ato de loucura, é um ato de covardia. O suicida é privado de sepultura eclesiástica (C. 2360 e 1240).

SUPÉRFLUO

é o que sobeja dos bens materiais, tirado o necessário rara a vida e para a posição social, isto é, para a decente conservação da família, criados, hóspedes, honestas ofertas e moderadas recreações. Do supérfluo dá-se aos pobres, quer em dinheiro, quer noutros benefícios.

SUPERSTIÇÃO

Vulgarmente dá-se o nome de superstição a certas crenças ou preconceitos que não têm nenhum fundamento sério, como o número 13 à mesa, o cair azeite no chão e semelhantes.

A superstição é uma espécie de culto prestado, direta ou indiretamente, ao demônio, com o fim de obter por meio de certas práticas uma coisa que se deseja.

Praticam a superstição os feiticeiros, os adivinhos, os mágicos e os que a eles recorrem.

Detestem os fiéis todas e quaisquer práticas supersticiosas.

Desprezem as cartas ou escritos em que se propõem certas orações de piedade para serem distribuídas a certo número de pessoas para se conseguir algum bem ou evitar algum mal.

Detestem especialmente a consulta de espíritos e as sessões de espiritismo, quer nas mesmas intervenha médium, quer não. Incorrem, ipso fato, em excomunhão os que tomarem parte ativa nas sessões de espiritismo, ou as promoverem, ou apenas assistirem a elas (C. P.).

 

 

 

 

 

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