LETRA “R” DICIONÁRIO DA DOUTRINA CATÓLICA

LETRA “R” DICIONÁRIO DA DOUTRINA CATÓLICA

 

 

 

 

 

LETRA “R” DICIONÁRIO DA DOUTRINA CATÓLICA

 

 

 

RACIONALISTA

rejeita toda a sujeição da razão humana a Deus; proclama que a mesma razão é a fonte única de toda a verdade especulativa e prática; exclui toda a revelação; nega a ordem sobrenatural e despreza a autoridade da Igreja (C. P.).

 

 

RAPTO

é um impedimento dirimente do Matrimônio, que resulta do fato de o nubente haver raptado a noiva para casar com ela. Este impedimento dura enquanto a raptada estiver em poder do raptor. Se ela, porém, separada do raptor e posta em lugar seguro e livre, consentir em o receber por marido, cessa o impedimento. Para a nulidade do Matrimônio é equiparado ao rapto o fato de um homem, com o fim de casar com uma mulher, a reter violentamente no lugar onde ela mora ou em qualquer outro onde ela tenha ido livremente (C. 1074).

 

 

RECIDIVO

no sentido jurídico, é aquele que, depois de condenado, comete delito do mesmo gênero, deixando perceber, por várias circunstâncias, que cai com pertinácia da má vontade (C. 2208).

 

 

RECOMPENSA

prometida, é um estímulo para cumprirmos o nosso dever, ainda que penoso. Jesus Cristo estimula-nos à prática da virtude, dizendo: «Todo o que der a beber a um destes pequeninos, somente um copo de água fria por ser meu discípulo, não perderá a sua recompensa». E acrescenta: «O Filho do homem (o próprio Jesus Cristo) há de vir na glória de seu Pai com os seus Anjos (a julgar os homens), e então dará a cada um a paga, segundo as suas obras» (Ev. S. Mat. X, 42; XVI, 27). A recompensa, porém, não é prometida para o momento em que a obra meritória é praticada, e sim para o dia do nosso julgamento após a morte, para a gozarmos eternamente.

 

 

REDENÇÃO DO GÊNERO HUMANO

Por causa do pecado original em que todos os homens são concebidos, ninguém podia conseguir a salvação eterna por méritos próprios. O Filho de Deus fez-se Homem, padeceu e morreu por amor dos homens, oferecendo a seu eterno Pai a sua Vida, Paixão e Morte, como sacrifício para remir os homens do pecado e poderem entrar no Céu. Deste modo foi feita a redenção do gênero humano.

 

 

RECONCILIAÇÃO

é o ato pelo qual se une a amizade, que fora quebrada por qualquer motivo. Deve procurar a reconciliação, e sem demora, aquele que ofendeu, ou que ofendeu mais gravemente, ou que ofendeu primeiro. Pode ser procurada por intermédio de amigos, ou pedindo perdão, ou por aproximação em conversa.

O ofendido é obrigado a perdoar a ofensa, logo que seja pedida a reconciliação. Disse Jesus: «Se teu irmão pecar contra ti, repreende-o; e se ele se arrepender, perdoa-lhe» (Ev. S. Luc. XVII, 3).

 

 

RECONCILIAÇÃO

de igreja violada deve ser feita o mais breve possível, segundo o rito aprovado nos livros litúrgicos. Havendo dúvida sobre se foi violada, pode ser reconciliada ad cautelam (C. 1174). O mesmo está disposto sobre reconciliação de cemitério (C. 1207).

 

 

REGULARES

são os religiosos que fizeram votos em alguma Ordem Religiosa, onde se fazem votos (C. 488). São obrigados à clausura papal (C. 697) e estão isentos da jurisdição episcopal, exceto nos casos expressos no Direito (C. 615).

 

 

REINO DE DEUS

na terra é a Igreja Católica, com a sua vida social, sob o regime espiritual da hierarquia, de que é Chefe visível universal o Romano Pontífice. A Igreja, reino de Deus exterior, está encarregada de manter e propagar o reino de Deus interior, ou reinado de Deus nas almas neste mundo.

Na eternidade, o Reino de Deus é o Céu, onde entram os homens que na terra fizeram parte da Igreja Católica. Ao Reino de Deus na terra podem pertencer todos os homens, sem distinção de raça, de nacionalidade, de condição, mas não devem procurar nele bens materiais; encontrarão, porém, a paz, a justiça e a alegria de uma vida virtuosa. Assim escreveu o Apóstolo São Paulo: «O Reino de Deus não é comida nem bebida, mas é justiça, paz e alegria no Espírito Santo» (Ep. Rom. XIV, 17).

 

 

REITORES DAS IGREJAS

são os Sacerdotes aos quais é confiado o culto numa Igreja que não é paroquial, nem capitular, nem anexa a uma casa de Comunidade religiosa (C. 479). É livremente nomeado, ou aprovada a sua nomeação pelo Bispo, que o pode remover, havendo causa justa (C. 480, 486).

Na sua igreja pode celebrar os Ofícios divinos, salvo os que pertencem ao ministério paroquial e de maneira que não prejudique as funções paroquiais (C. 482). Sem licença, ao menos presumida, do Reitor ou de outro Superior legítimo, a ninguém é lícito celebrar Missa, administrar Sacramentos e fazer outras funções sagradas na sua igreja.

O Pároco, porém, pode levar da igreja do Reitor o Santíssimo Sacramento aos enfermos (C. 484). Pertence ao Reitor a administração dos bens destinados à reparação, ao decoro e ao culto divino na sua igreja, a não ser que outra coisa conste de título especial, ou de legítimo costume (C. 1182).

 

 

RELIGIÃO

é a virtude sobrenatural que nos inclina a prestar a Deus o culto que lhe é devido, por causa da sua infinita excelência e supremo domínio. Tudo aquilo que importa reverência a Deus pertence à Religião, a qual se pratica por atos interiores, que são os principais, os que elevam o nosso espírito até Deus, e por atos exteriores, manifestando pelos membros do corpo os sentimentos do nosso espírito.

A Religião é constituída por um conjunto de verdades e de preceitos, pelos quais a nossa vida tem de ser ordenada a Deus. Essas verdades, como os preceitos, foram dados por Deus ao homem, para saber o que deve crer e praticar para viver como Deus quer e para que, vivendo assim, possa ir gozar a Deus na eternidade.

A Religião é um fato universal; existiu sempre e existe em todos os povos.

Revelou-a Deus no começo da Humanidade; conservou-a como foi revelada o povo de Israel; os outros povos afastaram-se do verdadeiro Deus, desconheceram-no, caíram em erros grosseiros acerca da divindade e criaram várias religiões, prestando culto a vários deuses, segundo os concebiam, porque sempre os homens consideraram a religião como uma coisa necessária.

Jesus Cristo, Deus feito Homem, veio ao mundo há 19 séculos, chamar todos os homens à prática da Religião divina, que tomou o nome de Religião cristã.

Mandou a seus Apóstolos que a ensinassem a todas as gentes. Mas há ainda muitos povos que não conhecem a Religião de Jesus Cristo e que continuam a seguir as religiões que receberam dos seus antepassados, religiões falsas porque humanas, pois a divina é uma só, como um só é o verdadeiro Deus.

As religiões não cristãs que maior número do aderentes contam são as seguintes:

Hinduísmo, com cerca de 25 milhões, nas índias, na Birmânia e nas Antilhas.

Budismo, com 213 milhões, na China, nas Índias, na Indochina, no Japão e na Coréia.

Xintoísmo, é a religião oficial do Japão.

Confucionismo, com 350 milhões, é a religião oficial da China.

Há ainda um grande número de religiões pagãs, espalhadas pela África, pela Oceania e por algumas regiões da América e da Ásia. E há o Judaísmo, com 16 milhões de judeus, espalhados por todos os povos do mundo. Os judeus adoram o verdadeiro Deus e têm os seus Mandamentos, mas negam Jesus Cristo e rejeitam a sua religião.

Também se dá o nome de Religião, à Sociedade aprovada pela legítima Autoridade eclesiástica, cujos membros se ligam pelos três votos de: pobreza, castidade e obediência, com o fim de tenderem à perfeição evangélica, vivendo sob as leis próprias da Sociedade. A Sociedade religiosa chama-se Ordem, se nela se fazem votos solenes; Congregação religiosa, se se fazem somente votos simples, quer temporais ou perpétuos; de Direito Pontifício, se tem aprovação ou ao menos Decreto de louvor da Sé Apostólica; de Direito Diocesano, se é ereta pelo Bispo e não obteve aquele Decreto de louvor (C. 488).

 

 

RELIGIÃO MISTA

é um impedimento impediente do Matrimônio, que resulta do fato de um dos contraentes ser católico e o outro, posto que batizado, pertencer a alguma seita herética ou cismática. A Igreja proíbe tal casamento, por causa do perigo de perversão do cônjuge católico ou da prole.

 

 

RELIGIOSOS (frades)

são os cristãos que, por voto solene, se obrigam voluntariamente a seguir a vida monástica ou conventual, segundo a Regra da Ordem a que pertencem. Aos Religiosos dá-se o nome de frades, que quer dizer irmãos, porque se tratam como irmãos os que entram no Estado Religioso.

Estado Religioso consiste essencialmente na observância dos três votos de: pobreza, castidade e obediência. A Regra particular de cada Ordem deve ser aprovada pela Igreja. Há quatro Regras principais: a de São Basílio, a de Santo Agostinho, a de São Bento e a de São Francisco; debaixo destas quatro Regras há diversas espécies de Ordens  Religiosas. Há também muitas Congregações Religiosas que não pertencem a estas quatro Regras.

Antes de o cristão se ligar para sempre a uma Ordem Religiosa ou a uma Congregação, faz o seu Noviciado, isto é, durante um determinado período de tempo, estuda a vida da Ordem ou da Congregação e examina as suas próprias forças físicas e morais, para saber se é adaptável ao espírito e às obras próprias da Ordem ou da Congregação. Decorrido o tempo do Noviciado, se quer abraçar a vida Religiosa e se o Superior o admite, faz a sua Profissão, isto é, emite os votos e não pode mais abandonar o Estado Religioso senão nas condições previstas na legislação Canônica.

 

 

RELÍQUIAS DOS SANTOS

são restos dos corpos dos Santos, ou objetos de que fizeram uso. São classificadas em duas categorias: Insignes ou grandes, e são o corpo, a cabeça, o braço, a perna, ou a parte do corpo em que o Santo sofreu o martírio, o antebraço, a mão, a língua e o coração.

A segunda categoria é formada pelas relíquias pequenas (C. 1281). O Santo Lenho, ainda que seja uma pequenina parte, é sempre considerada como relíquia insigne, por ser uma parte da cruz em que Jesus Cristo morreu.

A Igreja aprova e recomenda o culto das relíquias, mas um culto relativo à pessoa ou ao Santo a que as relíquias pertencem (C. 1255).

A qualquer relíquia de Santo é devido o culto de veneração com uma inclinação de cabeça e é incensada com dois duetos.

O Santo Lenho tem o culto de veneração de joelhos e é incensado com três duetos.

As relíquias insignes não podem conservar-se em casas ou oratórios particulares, sem expressa licença do Bispo do lugar.

As relíquias não insignes podem conservar-se em casas particulares, sendo tratadas com honra. Não podem as relíquias ser expostas ao culto público, sem estarem autenticadas em documentos por algum Cardeal, ou pelo Bispo do lugar, ou por algum Eclesiástico com faculdades especiais. As relíquias, quando são expostas, devem estar encerradas numa cápsula. A relíquia do santo Lenho
nunca deve estar exposta à veneração pública na mesma cápsula com relíquias de Santos. As relíquias dos Beatos, sem Indulto especial, não devem ser levadas nas Procissões, nem expostas na igreja, a não ser naquela onde se celebra Ofício e Missa por concessão da Sé Apostólica.

As santas relíquias não são objeto de comércio; não se podem vender (C. 1282 e segs.).

 

 

REMISSÃO DOS PECADOS

foi confiada à Igreja por Jesus Cristo, dizendo aos seus Apóstolos: «Àqueles a quem perdoardes os pecados serão perdoados» (Ev. S. Jo. XX, 23). A remissão dos pecados é fruto da Paixão e morte de Jesus Cristo, como se lê no Santo Evangelho: «Importava que Cristo padecesse e que ressurgisse dos mortos ao terceiro dia e que em seu nome se pregasse a penitência e a remissão dos pecados em todas as Nações» (Ev. S. Luc. XXIV, 46, 47).

Pela remissão dos pecados somos justificados, isto é, recebemos a graça de Deus e ficamos na sua amizade, capazes de viver virtuosamente e de gozar a bem-aventurança celeste. A remissão dos pecados faz-se por meio dos Sacramentos, particularmente pelo Batismo e pela Penitência ou Confissão sacramental.

 

 

RESERVADOS

são os pecados cuja absolvição o Papa ou o Bispo reservam para si próprios (C. 893). O único pecado ratione sui reservado à Santa Sé é a falsa denúncia, pela qual o Sacerdote inocente é acusado do crime de solicitação perante os juízes eclesiásticos (C. 894). Dos casos ipso jure, reservados ao Bispo, os Párocos podem absolver durante o tempo da Missão ao povo (C. 899).

Toda a reserva cessa:

a) quando se confessam os doentes que não podem sair de casa;

b) os noivos por causa do casamento, quando, segundo juízo prudente do Confessor, este não pode pedir ao legítimo Superior as faculdades de absolver, sem grave incômodo do penitente ou sem perigo de violação do sigilo sacramental (C. 900).

 

 

RESPEITO HUMANO

é um sentimento produzido pelo temor de desagradar ao mundo, quando há um dever religioso a cumprir. É uma fraqueza na Fé, é uma covardia na ação.

A Religião de Jesus Cristo não exige de nós coisa alguma de que tenhamos de nos envergonhar.

Pelo contrário, todos os atos da Religião têm por fim levar-nos à prática da virtude, elevar-nos para Deus.

Ter respeito humano é ter vergonha de servir a Deus, é preferir a estima dos homens à graça de Deus. Que nos importa o que digam de nós, se Deus aprova as nossas ações? E que dirá Deus e que fará Deus se nos envergonharmos de servi-Lo? A resposta é dada por Jesus Cristo, dizendo: «Se alguém se envergonhar de Mim e das minhas palavras, também o Filho do homem (que é Jesus Cristo mesmo) se envergonhará dele, quando vier na sua majestade e na de seu Pai e na dos Anjos» (Ev. S. Luc. IX, 26).

 

 

RESSURREIÇÃO DA CARNE

é a união da alma separada ao seu corpo, no fim do mundo, para nova vida, que será eterna.

É uma verdade ensinada por Jesus, dizendo: «Todos os que se acham nos sepulcros ouvirão a voz do Filho de Deus, e os que obraram bem neste mundo sairão para a ressurreição da vida (eterna), mas os que obraram mal sairão ressuscitados para a condenação» (Ev. S. Jo. V, 28, 29). E o Apóstolo São Paulo escreveu: «Todos ressuscitaremos num abrir e fechar de olhos; porquanto, é necessário que este corpo mortal se revista da imortalidade» (Ep. I Cor. XV. 51, 52, 53).

A ressurreição não é natural, é miraculosa.

Deus criou o homem, infundindo no pó da terra uma alma imortal e espiritual, que lhe deu a vida. Deus tira a vida ao homem separando a alma do seu corpo.

Deus dá novamente vida ao homem, unindo novamente a alma ao pó que foi o seu corpo. A Deus nada é impossível.

 

 

RESSURREIÇÃO DE JESUS CRISTO

é o fundamento da nossa Fé, como escreveu o Apóstolo São Paulo: «Se Cristo não ressuscitou, é vã a nossa Fé» (Ep. 1 Cor. XV, 17.). A ressurreição de Jesus Cristo foi profetizada por Ele mesmo, operada por Sua própria virtude, três dias após a sua morte, e reconhecida pelos Seus Apóstolos e discípulos, que O viram vivo, depois de ser sepultado, que Lhe falaram, que O ouviram, que com eles se sentou à mesa, o que tudo consta do santo Evangelho.

 

 

RESTITUIÇÃO

é o ato de justiça comutativa, que tem por fim reparar a lesão do direito alheio. A restituição dos bens alheios tem preferência sobre o socorro aos parentes, a não ser que estejam em extrema necessidade. Aquele que injustamente impede alguém de conseguir um rendimento é obrigado a restituir, ao arbítrio de pessoa conscienciosa. A restituição pode ser feita pelo Confessor, ou por outro meio, secretamente, para o crime não ser conhecido.

Se aquele a quem é devida a restituição morreu, é feita aos herdeiros; se é desconhecido, dá-se aos pobres; se está muito distante, remete-se ou deposita-se à sua ordem.

 

 

RESTRIÇÃO MENTAL

consiste no uso de palavras que têm um sentido diferente daquele que naturalmente significam, quando não se quer dizer a verdade. Por ex.: a alguém que não foi a Lisboa pergunta-se se já viu aquela cidade; responde que sim, subentendendo em fotografia. Não é lícito usar de tal restrição mental.

De outra maneira se faz a restrição mental, empregando palavras que, embora não exprimam a verdade, a deixam perceber pelo sentido da frase. Por ex.: a alguém a quem foi confiado um segredo perguntam se o conhece, e responde que não, subentendendo que não o conhece para o descobrir. Esta restrição mental é lícita. Mas não convém fazer uso da restrição mental, para evitar o caminho aberto à mentira, e para não diminuir a mútua confiança que deve haver na vida social.

 

 

RETIRO ESPIRITUAL

é a suspensão, por alguns dias, da vida habitual, para os consagrar a um trabalho interior mais intenso e preparar o futuro, estudando em melhores condições a vontade de Deus sobre nós e renovando o fervor da alma para uma vida mais cristã, mais sobrenatural. O isolamento durante o Retiro deve ser o mais completo possível, para que todo o tempo seja aplicado à meditação, aos exames de consciência, à oração, às resoluções, à organização da vida para o futuro.

 

 

REVELAÇÃO

é a manifestação de alguma verdade, feita por Deus iluminando sobrenaturalmente a nossa inteligência. Deus revelou as verdades da Religião aos Judeus, por meio dos Profetas; as verdades da Religião Cristã foram reveladas por Jesus Cristo, Deus Filho feito homem. A nossa Fé funda-se nas revelações feitas por Jesus Cristo e escritas no santo Evangelho, nas Epístolas dos Escritores Sagrados e na Tradição conservada na Igreja Católica.

O Apóstolo São Paulo escreveu: «Deus, tendo falado (revelado) muitas vezes e de muitos modos, noutro tempo a nossos pais pelos Profetas, nestes dias nos falou pelo (seu) Filho (Jesus Cristo)» (Ep. Hebr. I, 1, 2).

 

 

RIQUEZA

por mais avultada que seja, não nobilita o homem nem o engrandece, porque o homem é maior que todos os bens do mundo e tudo lhe é inferior. Mas a riqueza não é um mal; pode servir para o mal como para o bem, segundo o uso que dela se fizer.

O Apóstolo São Paulo escreve: «Os ricos deste mundo não sejam altivos, nem se fiem na incerteza das riquezas. Pratiquem o bem, façam-se ricos em boas obras, dêem e repartam com boa vontade» (Ep. I Tim. VI, 17, 18).

Têm os ricos o direito de utilizar a riqueza na própria sustentação, segundo a condição de vida de cada um; e têm o dever de repartir com os pobres, mas de maneira que estes sintam o alívio da sua pobreza.

 

 

RITO

Chama-se rito ao conjunto de fórmulas e cerimônias que a Igreja usa para prestar a Deus o culto que lhe é devido. O rito pode ser de instituição divina e de instituição eclesiástica. O de instituição divina chama-se essencial porque constitui a essência mesma do Sacrifício e dos Sacramentos; o de instituição eclesiástica é chamado também acidental e tem como fim desenvolver e aclarar os ritos essenciais.

Os ritos acidentais formaram-se sob a influência de fatores climatérios e históricos e podem até desaparecer; na Igreja são muitos e variados. Podemos dividi-los em dois grupos: orientais e ocidentais. Nos orientais, temos o rito grego, siríaco, maronita, russo, eslavo, búlgaro, romeno, copta e abissínio.

Nos ocidentais podemos distinguir o romano, o milanês, o galicano, o mozárabe, o céltico e, em Portugal, o bracarense que foi restaurado pela bula de 14 de Maio de 1919. No ocidente, o rito predominante é o Romano. Dos outros ritos ocidentais nenhum existe na sua pureza primitiva; têm sofrido de tal modo a influência do rito romano que já pouco se encontra da sua primeira forma. Podem, no entanto, encontrarem-se vestígios da sua existência na liturgia de algumas Ordens religiosas e na de algumas regiões.

 

 

ROGAÇÕES

são orações públicas que se fazem na igreja, nos três dias anteriores à Quinta-feira da Ascensão. Estas orações foram ordenadas no século V, na cidade de Viena de França, pelo Bispo São Mamerto, com o fim de obter de Deus a cessação de calamidades que havia 50 anos se repetiam naquela região, afligindo os povos com grandes desgraças. Reza-se a Ladainha de Todos os Santos, pedindo a Deus o afastamento de todo o mal para a alma e para o corpo.

 

 

ROMANO PONTÍFICE

é o sucessor do Apóstolo São Pedro, o Vigário de Jesus Cristo na terra. Tem, não só o primado de honra, mas também supremo e pleno poder de jurisdição sobre toda a Igreja, tanto nas coisas que dizem respeito à Fé e aos costumes, como nas coisas que se referem à disciplina e regime da Igreja, espalhada por todo o mundo. Este Poder é independente de toda a autoridade humana (C. 218). Todos os fiéis devem obedecer ao Papa como ao próprio Jesus Cristo. É infalível quando ensina, como Chefe da Igreja, doutrina revelada sobre a Fé e a moral.

 

 

ROQUETE

é uma veste semelhante à sobrepeliz, mas distinguindo-se dela por ter as mangas compridas e estreitas. É antes uma insígnia prelatícia reservada a certos dignitários do que propriamente uma veste litúrgica. O roquete pode ter nos punhos um transparente da cor da batina da pessoa que tem direito a usá-lo.

Não pode substituir a sobrepeliz na administração dos Sacramentos.

 

 

ROSÁRIO

é uma devoção composta de 150 Ave-Marias, divididas em 15 dezenas, sendo cada uma precedida de um Pai Nosso. Em cada dezena se medita um mistério da vida de Nosso Senhor.

Divide-se o Rosário em três séries de 5 mistérios cada. A primeira lembra-nos a Encarnação e a infância do Salvador, são os mistérios Gozosos; a segunda recorda a Paixão e morte do Filho de Deus por nosso amor, são os mistérios Dolorosos e a terceira põe diante do nosso espírito o triunfo de Jesus e de sua Mãe Santíssima, são os mistérios Gloriosos. Entre as devoções à Virgem Maria, nenhuma há que leve vantagem à recitação do Rosário, ou do seu Terço (a terça parte do Rosário), com a respectiva Ladainha. No Rosário se resume tudo o que há de mais piedoso e devoto, de mais ascético e sublime na Religião Católica; nele se recitam as orações vocais mais excelentes; nele se encontram as meditações dos principais Mistérios do Cristianismo.

A Igreja recomenda, com toda a insistência, a recitação do Rosário ou do seu Terço e preceitua que durante o mês de Outubro se recite publicamente nas igrejas e capelas. É muito recomendável o uso da reza do Terço, diariamente, em comum, no lar doméstico.

 

 

RUBRICAS

são indicações nos livros litúrgicos (escritas primitivamente a vermelho (rubro), para dirigirem os Clérigos na recitação das orações e cerimônias litúrgicas. Devem ser cuidadosamente observadas na administração dos Sacramentos e principalmente na celebração da Missa. Reprovado qualquer costume em contrário, o Sacerdote celebrante não acrescente por seu próprio arbítrio outras cerimônias ou preces às que estão designadas nas rubricas dos seus livros rituais (C. 818).

 

 

 

 

 

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