Homilia – Tu receberás a recompensa na ressurreição dos justos
Homilia – Tu receberás a recompensa na ressurreição dos justos
Na simplicidade de uma refeição, Jesus revela as profundezas do Reino de Deus. Ele nos chama a olhar além das convenções sociais e das expectativas de reciprocidade que muitas vezes moldam nossas ações. O convite de Jesus é um convite à generosidade desinteressada, à hospitalidade que não busca recompensa. “Quando tu deres um almoço ou um jantar”, começa Jesus, desafiando a lógica do favor com favor se paga. Ele nos convida a repensar a quem estendemos nossa mão, a quem abrimos as portas de nossa casa. Não é para aqueles que podem nos recompensar, mas para aqueles que não têm meios de retribuir.
Jesus nos exorta a convidar os pobres, os aleijados, os coxos, os cegos – aqueles que a sociedade muitas vezes marginaliza. Ao fazer isso, Ele não está simplesmente nos pedindo para sermos caridosos, mas para reconhecermos a dignidade e o valor de cada pessoa, independentemente de sua condição social ou física.
A verdadeira felicidade, segundo Jesus, não se encontra na reciprocidade das festas e dos banquetes, mas na alegria de dar sem esperar receber. A generosidade que Jesus descreve é aquela que flui do coração que compreende a graça de Deus, que dá livremente sem calcular o custo ou o retorno. Ao convidar os marginalizados, estamos praticando o Reino de Deus aqui e agora. Estamos antecipando a ressurreição dos justos, onde as barreiras sociais são derrubadas e todos são bem-vindos à mesa do Senhor.
A recompensa que Jesus fala não é uma transação comercial, mas uma promessa de participação na vida eterna. É uma recompensa que não pode ser medida em termos terrenos, pois é uma recompensa que transcende o tempo e o espaço. Ao nos convidar a praticar essa hospitalidade radical, Jesus está nos moldando para sermos mais como Ele – generosos, acolhedores e desapegados das expectativas mundanas. Ele está nos ensinando a amar como Deus ama, a ver como Deus vê.
A lição de Jesus é clara: a verdadeira generosidade não busca aplausos ou recompensas terrenas. Ela busca a alegria que vem de imitar o amor incondicional de Deus, um amor que se dá livremente, um amor que enriquece o doador tanto quanto o receptor.
Portanto, que possamos viver segundo o convite de Jesus, estendendo nossas mesas e nossos corações aos que são frequentemente esquecidos ou ignorados. E ao fazermos isso, descobriremos a verdadeira felicidade e a promessa da ressurreição dos justos, onde a generosidade de Deus é plenamente realizada e todos são convidados para a festa eterna. (LC)
Liturgia Diária – Segunda-feira, 6 de novembro de 2023
31ª Semana do Tempo Comum, Ano Ímpar (I)
Sl 68(69),30-31.33-34.36-37 (R. 14c)
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