Homilia – “Todo aquele que olhar para uma mulher, com o desejo de possuí-la, já cometeu adultério com ela no seu coração”. Mt 5, 27-32
Homilia – “Todo aquele que olhar para uma mulher…”. Mt 5, 27-32
Para ler o Evangelho de hoje, não podemos esquecer a frase de Jesus: “Se a nossa justiça não for maior que a dos escribas e fariseus, não entraremos no Reino do Céu” (Mt 5, 20). Jesus ensina a sanar o mal pela raiz. Sua proposta é reflexo do querer do Pai.
A pureza do coração é uma virtude a ser cultivada pelo discípulo. Nada de legalismo, mas consciência da radicalidade do amor e do respeito pelo outro, o sentido pleno da Lei, nem de exterioridade, malícia e segundas intenções. Nada de hipocrisia, empecilho para mostrar o que realmente somos diante de Deus. É preciso aprender a cortar o mal pela raiz.
Jesus estabelece um novo horizonte, aponta que a raiz do pecado está no coração, o lugar das intenções. Antes de acontecer na prática, o pecado acontece no coração. Ali é o campo de batalha.
O coração é alimentado pelo olhar
No coração é que nascem a impureza, o ódio, a mentira e todo o tipo de pecado. E o coração é alimentado pelo olhar. Os olhos são a porta de entrada em nossa vida, isso vale para o bem e para o mal.
O olhar impuro do desejo abre caminho à traição. Se a intenção é má, deve ser arrancada antes que se torne ato. Não se trata de constatar as ações externas (entre elas o adultério), para puni-las com leis, mas aprender a sanar as intenções mais secretas no coração de cada um. Jesus apresenta uma novidade, uma nova lei. Um jeito novo de ver, fazer e rezar.
O coração, também, é lugar das coisas boas. Por isso apresenta a imagem radical de arrancar o olho e cortar a mão. É o esforço de purificar as intenções de um coração que aprendeu a amar. Os cortes são para salvar e revigorar o amor mutuo, evitando os desvios de paixões egoístas e desordenadas.

Rezemos
Senhor, cria em mim um coração novo. Dá-me um coração puro, sem malicia ou segundas intenções. Quero amar e respeitar o meu irmão.
FESTA DE SANTO ANTONIO DE PADUA
Hoje lembramos Santo Antônio que anuncia o Evangelho com a vida. Os caminhos de Pádua, gritam o Evangelho a todos. “É viva a Palavra, quando são as obras que falam”, precisamos manter a coerência entre aquilo que acreditamos e aquilo que fazemos.
Santo Antônio une: sabedoria e humildade, cultura e a simplicidade, oração e caridade. É amigo dos pobres, simples no trato com as pessoas. O povo ouve sua pregação e segue seus conselhos. As crianças são abençoadas. As mulheres e esposas são defendidas em seus direitos. Os lares são reunidos pela força do amor que ele sabe suscitar no coração das pessoas.
O povo lembra dos seus ensinamentos e das suas estórias: a mula que se ajoelhou diante da Eucaristia; o coração do avarento, que foi encontrado no cofre do seu tesouro; a cura do pé decepado de um jovem; pregação para os peixes; a defesa dos agricultores e pobres diante do poder e da opressão; o pão que repartiu com amor. Santo Antônio, rogai por nós!
O Senhor nos abençoe e guarde.