Homilia | Senhor salva-nos! Mt 8, 23-27

Porque tanto medo e pouca fé? Desesperados, entramos em pânico. As tempestades nos assustam. Deus não nos abandona, Jesus está sempre conosco. Nas crises e dificuldades, é justo ter uma preocupação responsável, mas precisamos confiar e não desesperar.

A cena da tempestade acalmada por Jesus, retrata a vida dos discípulos nas dificuldades e desafios que a opção por Ele comporta. Engana-se quem imagina seguir Jesus tranquilamente, sem correr o risco de enfrentar perseguições e contrariedades.

Nestas horas, é preciso saber que ele está presente, sempre pronto a impedir que seus discípulos venham a fracassar. Entrar na barca com Jesus, corresponde a “embarcar” na vida dele.

A barca simboliza a Igreja, comunidade daqueles que partilham a missão e o destino de Jesus. A tempestade aponta para as crises que a comunidade é submetida ao longo da caminhada, de forma a provar a autenticidade da fé dos discípulos.

O grito dos discípulos assemelha-se à súplica constante da comunidade carente de proteção: “Senhor, tem piedade de nós!” A bonança do mar aponta para a paz que só ele pode dar à Igreja. Se Jesus estiver em nossa barca, não haverá naufrágio.

Jesus lembra para nós: “Não tenham medo”. Ele não isenta a comunidade das provações, pois, segui-lo é escolher um caminho arriscado e trabalhoso. Uma fé sólida garante perseverança no seguimento e força para continuar.

Rezemos:

Senhor, diante das incompreensões e desconfortos, infunda em nós: fortaleza, coragem e esperança para continuar o serviço do Reino e a missão.

Lembramos Santa Isabel de Portugal, em 1282 casou-se com D. Dinis, rei de Portugal. Promoveu a paz no reino em especial entre o filho Afonso IV e o pai D. Dinis. Passou por muitas provações que o marido lhe impôs pela sua dedicação aos pobres. Depois que ficou viúva entrou para Ordem Terceira Franciscana e promoveu muitas obras de caridade e assistência. “Deus lhe deu o trono e riqueza para fazer a caridade”. Rainha da paz e da concórdia, rogai por nós!