Homilia – “Quem me viu, viu o Pai”. Jo 14, 7-14

Homilia – “Quem me viu, viu o Pai”. Jo 14, 7-14

Jesus revela para nós o rosto do Pai, uma revelação surpreendente. Revela-nos um rosto de amor e misericórdia, que perdoa sempre, até setenta vezes sete. Ele não vem com punhos fechados da ira, mas como a mão que acaricia e cura. A atitude do pastor que cuida do rebanho e dá a vida para salvá-lo.

O modo como Jesus revela Deus é totalmente original, mostrando a divindade na sua humanidade. Nos seus gestos e na acolhida de suas palavras contemplamos o rosto de Deus, e n’Ele temos uma mediação segura: “Quem me vê, está vendo o Pai”. As suas ações são ações do Pai em benefício da humanidade.

Há quem caia na tentação de falar de Deus através de um discurso grandioso, ou pensam tratar de um assunto reservado para um grupo de privilegiados, os únicos capazes de atingir as alturas da divindade.

Jesus prefere interagir com Pai e nisso fundamenta a sua vida. O Ressuscitado é a presença permanente do Pai junto à comunidade. A vida em comunhão com o Ressuscitado desemboca na comunhão com o Pai. Por sua vez, a comunidade, torna-se presença de Deus na história humana.

E o discípulo revestido de humildade vai aprendendo que Deus pode realizar através dele grandes coisas, como fez na humildade de Maria: Comigo o Senhor fez grandes coisas”. Ele revela sua sabedoria aos simples e age através deles. O discípulo deve revelar o Pai numa vida pautada no amor misericordioso.

Rezemos: Senhor, quero ser humilde, simples e experimentar uma vida de comunhão contigo na comunidade. Sendo um testemunho de amor, serviço e misericórdia.

O Senhor nos abençoe e guarde.