Homilia – “Pode um cego guiar outro cego?”. Lc 6, 39-42
Homilia – “Pode um cego guiar outro cego?”. Lc 6, 39-42
O ensinamento de Jesus denuncia a hipocrisia dos discípulos que estão sempre acusando e condenando os outros, sem antes verificar o próprio comportamento. A crítica deve ser precedida da devida autocrítica. É necessário preocupar-se em conhecer e corrigir os próprios defeitos, isso nos torna cautelosos com as fragilidades alheias.
Jesus quer melhorar o relacionamento pessoal, familiar e comunitário. Ensina-nos a ser fraternos e responsáveis uns pelos outros, corrigindo com afeto e respeito. Um cego não pode guiar outro cego. Madre Teresa de Calcutá dizia: “Quem julga as pessoas não tem tempo para amá-las”.
Ninguém é tão perfeito que tem condições de mexer e remexer na vida dos outros. Cuidado! A ânsia de corrigir pode ser prejudicial e impedir a compreensão devida dos próprios defeitos.

Quem sou eu para julgar?
Devemos olhar os irmãos e irmãs, com o olhar bondoso e misericordioso do Pai. Fazer a autocrítica sempre será mais complacente com o irmão. Lembrando as palavras do Papa Francisco ditas no avião quando retornava para Roma após uma viagem apostólica: “quem sou eu para julgar?”.
Sabemos o quanto é difícil corrigir as próprias falhas. Precisamos da paciência para ajudar e não para julgar. Reconhecer a gravidade hipócrita de quem se julga acima dos outros e aponta os limites alheios sem misericórdia.
A conversão é caminho para nossa vida. Devemos sempre começar retirando o cisco de nosso olho e de nossa vida. Sendo exigentes conosco e misericordiosos com os outros.

Rezemos
Senhor, que eu reconheça as minhas fragilidades. Aprenda que a medida é a misericórdia e não caia na tentação do julgamento.
O Senhor nos abençoe e guarde.