Homilia – “Ou está com inveja porque estou sendo bom?” Mt 20, 1-16

Homilia – “Ou está com inveja porque estou sendo bom?” Mt 20, 1-16

Homilia – “Ou está com inveja porque estou sendo bom?” Mt 20, 1-16

Do ponto de vista da economia, talvez os operários da primeira hora tivessem razão de reclamar. Jesus quer mostrar que a lógica do Reino difere da lógica do mundo. Todos têm o mesmo direito de participar da bondade e da misericórdia divina, que superam tudo aquilo que consideramos justiça.

Muitos pensam que o Reino é só deles e não compreendem o zelo de Jesus pelos publicanos e pecadores e nem a grandeza da misericórdia divina. No Reino de Deus não deve haver ciúmes. Quem julga ter mais mérito que os outros, precisa aprender que o Reino é dom e gratuidade, arriscam-se a serem os últimos.

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Trabalhar na vinha é um privilégio. Deus não precisa de nós, mas nos associou a seu trabalho. Nunca é tarde, pois podemos ser convidados a participar em qualquer momento do dia e da vida. As portas do Reino estão sempre abertas. A salvação é graça! Somos salvos pelos méritos de Jesus.

Jesus age inesperadamente e frustra as expectativas dos ambiciosos. Recompensa a todos igualmente, acolhendo com solicitude e misericórdia. No Reino não há privilegiados, não importa a raça, a nação, a idade, os títulos, as posses, ou tempo de pertença… O que conta é a intensidade do compromisso com Cristo e com seu projeto, o Reino.

Rezemos: Senhor, quero compreender e viver esse zelo amoroso. Somos todos iguais, com a mesma dignidade. Não quero ser ciumento e nem julgar o outro.

São Bernardo

São Bernardo, abade e doutor da Igreja

Hoje celebramos São Bernardo, abade e doutor da Igreja. Nasceu em 1090, na França, de uma família cristã, nobre e poderosa. Carregava uma timidez, mas também, uma inteligência aguçada. Era um jovem de boa aparência, educado, culto piedoso e caráter reto. Chamava a atenção pela sabedoria, prudência, persuasão e profunda modéstia.

Contrariamente a orientação de sua família, ouviu o chamado do Senhor e optou pela vida monástica. Mais tarde vai convencer o pai, os irmãos, primos e vários amigos para seguirem seus passos e ingressarem no Mosteiro da Ordem Cisterciense, recém fundada. Sua contribuição dentro da Ordem foi muito grande e preciosa, fazendo-a florescer e multiplicar as vocações. É considerado o segundo fundador. Foi enviado para fundar o Mosteiro de Claraval, onde foi eleito Abade e ali permaneceu por 38 anos. Fundou mais 68 mosteiros, como escolas da caridade, e formou mais de 700 monges.

Viveu numa época muito conturbada na Igreja. Muitas vezes teve que deixar a vida contemplativa do Mosteiro para resolver questões que agitavam a sociedade. Foi um grande pregador, místico, escritor com grande atividade literária, conselheiro e um grande pacificador. Teve vida austera, dormia pouco, jejuava com frequência e fazia penitencia. Nada afetava sua fé.

A plenitude da oração

Imprimiu a sua marca na espiritualidade Católica Romana. “A plenitude da oração seria deixar que esta penetrasse todas as dimensões da vida da pessoa, de tal forma que fossem sempre a expressão de uma linguagem de amor ou um falar constante da criatura com o Criador, traduzindo, em tudo e a cada momento, o desejo do encontro, união e auto doação que são próprios da caridade quando inflama o coração”.

E, 1153 adoeceu participando de uma missão em Lorena e pediu para ser conduzido ao Mosteiro de Claraval, onde morreu aos 20 de agosto deste mesmo ano. Foi sepultado na Capela do Mosteiro, mas suas relíquias foram dispersadas durante a Revolução Francesa. Sua cabeça foi guardada Na Catedral de Troyes, França. Foi canonizado em 1174 e recebeu o título de doutor da Igreja em 1830.
São Bernardo, rogai por nós!

O Senhor nos abençoe e guarde!