Homilia | O Verdadeiro Pão do Céu | João 6,30-35
Homilia | O Verdadeiro Pão do Céu | João 6,30-35
Irmãos e irmãs, congregados nesta casa de fé, de esperança e de amor, quero hoje falar-vos de uma mensagem poderosa, que nos chega através das palavras de Nosso Senhor, conforme narrado pelo evangelista João. Refletimos hoje sobre o verdadeiro sustento que vem dos céus, não aquele maná efêmero do deserto, mas o Pão que nutre a alma e sacia toda a fome eterna.
Imagine, se puderem, a cena no deserto: nossos antepassados, perdidos e famintos, clamam ao céu por um milagre. E eis que lhes é concedido o maná, um sinal de que não estavam esquecidos. Mas, oh, meus irmãos, não se enganem! O maná, por mais celestial que fosse, era apenas uma sombra da verdadeira provisão que Deus tinha reservado para nós.
E assim, naquela época, a multidão se reuniu em torno de Jesus, com corações inquietos e olhares curiosos, perguntando, “Que sinal realizas para que possamos ver e crer em ti? Que obra fazes?”. Oh, como é humano esse anseio por sinais! Como é profundo nosso desejo de ver para crer!
Mas Jesus, com a paciência dos céus e a sabedoria que sopra como o vento suave ao entardecer, revela um mistério maior. Ele lhes diz: “Não foi Moisés quem vos deu o pão que veio do céu. É meu Pai que vos dá o verdadeiro pão do céu”. Aí está, meus queridos, a ironia divina: o verdadeiro Pão não é aquele que tocamos com as mãos, mas aquele que toca nosso espírito e transforma nossa vida.
Jesus então declara: “Eu sou o pão da vida. Quem vem a mim não terá mais fome e quem crê em mim nunca mais terá sede”. Que promessa espetacular! É como se uma brisa refrescante soprasse sobre uma terra árida. Ele não oferece apenas alimento, mas uma fonte inesgotável de vida que flui para a eternidade.
Portanto, irmãos, ao nos aproximarmos da mesa da comunhão, lembremo-nos de que não é apenas pão e vinho que recebemos. Participamos do banquete eterno, onde o amor é servido sem medida e a graça é derramada sem fim. Esse é o verdadeiro alimento que nos sustenta nas jornadas mais áridas de nossa existência, aquele que sacia a alma sedenta por justiça, por paz e por amor.
Na próxima vez que sentirem fome ou sede, física ou espiritual, lembrem-se de buscar não apenas o que é temporário, mas o que é eterno. Pois, como uma âncora nos mares revoltos, Jesus é o Pão que estabiliza, nutre e fortalece.
Vamos, então, com corações ardentes e espíritos revigorados, levar essa mensagem ao mundo. Que nossa fé não esteja apenas em palavras, mas que seja visível em atos de amor e bondade. Que nossa vida seja um reflexo dessa verdade: em Jesus, encontramos tudo o que verdadeiramente necessitamos.
Amém. (LC)
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