Homilia — “O quê você quer que eu faça por você? Senhor, eu quero enxergar de novo”. Lc 18, 35-43

Homilia — “O quê você quer que eu faça por você? Senhor, eu quero enxergar de novo”. Lc 18, 35-43
No Evangelho, vemos Jesus curando um cego e mendigo. O cego de Jericó grita pedindo piedade, aproveita a oportunidade. Mas, não conta com a solidariedade dos que estão a frente de Jesus, ao contrário, eles querem silenciá-lo. Estes possuem uma cegueira mental.
Alheios ao drama do cego, acabam numa prática comum; em vez de socorrer os marginalizados, os consideram inconvenientes socialmente e tentam impedir que ele se aproxime de Jesus.
Com fé e esperança, o cego expressa seu anseio gritando. Sua oração é simples e tocante: “Senhor, que eu veja!” A sua insistência e coragem foram recompensadas.
Jesus vem em socorro do cego com a sua sensibilidade (tem um bom ouvido e bom coração) e lhe dá mais do que uma simples esmola. Restitui-lhe a visão e o cego passa a enxergar com os olhos físicos e os olhos da fé. “Vê! Sua fé te salvou”. Exultante ele glorifica a Deus e segue a Jesus no seu caminho para Jerusalém.
Com frequência encontramos pessoas que, em vez de reerguerem com palavras e gestos animadores, acabam deixando muitos sentados “à beira do caminho”. São pessoas presas à sua cegueira. Apesar de se declararem discípulos de Jesus, insistem em praticar o mal e recusam solidarizar-se com os pobres e sofredores. Caminham na contramão dos ensinamentos de Jesus.

Rezemos
Senhor, cura a nossa cegueira, um impedimento para enxergar quem está à beira do caminho e nos ensina a ser misericordioso e solidário com os que sofrem. Ensina-nos a amar e estender a nossa mão ao pobre.
O Senhor nos abençoe e guarde.

