Homilia – Nas dores de Maria, as dores de Jesus e da humanidade

Homilia diária sábado JLF - homilias.com.br

Homilia – Nas dores de Maria, as dores de Jesus e da humanidade

Homilia – Nas dores de Maria, as dores de Jesus e da humanidade

Hoje é dia de silencio. Recolhidos com a Igreja junto do sepulcro de Jesus à espera da Ressurreição, preparamos a Vigília Pascal. Celebramos os vários momentos da Liturgia das Horas, entremeados de celebrações da piedade popular e uma delas é a Celebração das Dores de Maria.

Quando Maria visita Isabel, foi solidária, deixando sua comodidade para ajudar quem precisava. Da mesma forma é solidaria conosco quando precisamos de sua intercessão. Ensina buscar Jesus quando precisamos, como ela fez nas bodas de Caná.

As Dores de Maria é uma explosão de solidariedade com Jesus e à humanidade. A tradição cristã entende que “a espada de dor” profetizada pelo velho Simeão, sintetiza todas as suas dores, traduzida nas “Sete Dores de Maria”. Nas suas dores e em seu coração, Maria sente as dores de seu filho Jesus e de igual modo as dores que atingem a humanidade.

A dor da fuga do Egito é a dor que sentem tantos que deixam seu país, sua cultura, sua gente e migram em busca de vida digna.

A sua dor na perda de Jesus no Templo é a mesma dor que dilacera o coração de tantos pais e mães quando perdem seus filhos para as desgraças e a violência dos tempos que vivemos.

A dor do encontro no caminho do calvário e, ao pé da cruz é a mesma dor que acertam em cheio o coração de tantos que veem os seus filhos e amigos, tendo suas vidas ceifadas pelas maldades, injustiças, preconceitos e desigualdades.

A dor de acolher o seu filho morto nos braços é a dor que atinge tantas mães e pais que recebem da sociedade os corpos sem vida de seus filhos, assassinados por diversos modos de violência.

As dores que Maria suporta, não são somente as suas, são também as de seu filho Jesus e as da humanidade. Ela é solidária, é humana, é mulher, é mãe, é imigrante, é excluída, indígena e moradora de rua, e carrega nossas marcas. É sobretudo exemplo a nos ensina que quando abraçamos a fé, nenhuma dor é inútil.

A dor de colocar seu filho no sepulcro, igualmente a tantos pais que sepultam seus filhos precocemente. Maria faz com a esperança da fé. Como aquele semeador que coloca a semente na terra, esperando colher os seus frutos. Do sepulcro brotará a ressurreição.

Rezemos com Maria, meditando as suas Sete Dores.