Homilia – “Não vim trazer a paz, mas a divisão”. Lc 12, 49-53

Homilia – “Não vim trazer a paz, mas a divisão”. Lc 12, 49-53

Homilia – “Não vim trazer a paz, mas a divisão”. Lc 12, 49-53

Com São Paulo meditamos: se antes fomos escravos do pecado, agora somos servidores de Deus, livres da escravidão que conduz à morte. Somos conduzidos à santidade, pelo dom gratuito de Deus que é a vida eterna em Cristo Jesus.

No Salmo, rezamos: “É feliz quem a Deus se confia!”. É feliz quem não dá ouvidos aos conselhos dos malvados, nem entra em seus caminhos, e nem zomba de ninguém. Encontra a sua alegria em Deus e na sua Palavra, que reza todo dia. Ele é fiel, firme como árvore que tem suas raízes junto às águas. É confiante e resistente. É diferente do caminho dos outros. Escolhemos ficar com o Senhor.

As palavras de Jesus podem causar estranheza. O que é lançar fogo e trazer divisão? O fogo que Jesus traz não é o fogo destruidor ou guerra, mas o fogo do Espírito Santo. É o fogo purificador, é preciso eliminar as impurezas, banir a impureza do egoísmo e do pecado.

Esse processo permite que a misericórdia se torne o imperativo das nossas relações. A bondade e o perdão se manifestam como sinais da ação de Deus na história. E mostram que a maldade e a vingança são contrárias ao querer divino.

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O Reino

Diante da proposta de Jesus: a exigência do perdão, da partilha e do amor misericordioso, é preciso decidir-se. É impossível não se posicionar! Haverá quem aceite e quem rejeite a justiça do Reino.

Numa família, as opções se diferenciam e as divisões aparecem. O pai faz uma opção e o filho, outra. O que não pode acontecer é o filho aderir à injustiça só para agradar o pai, ou a filha assumir atitudes egoístas para não decepcionar a mãe. É preciso permitir que a misericórdia e a justiça se tornem o imperativo das relações humanas. Evitando, assim, a união de elementos irreconciliáveis.

O Reino tem primazia na vida de quem se torna discípulo. Nenhum laço afetivo pode ser tão forte a ponto de fazê-lo contrariar a sua consciência, só para não aborrecer os familiares.

Jesus, com o seu projeto, rompe com a falsa paz da ordem estabelecida, e quem aceita a novidade do Reino de Deus assume a prática da justiça, do amor, da partilha, tão revolucionária que acaba provocando divisões até mesmo entre os familiares. Já dizia o velho Simeão: “Este menino será… um sinal de contradição” (Lc 2, 34).

Rezemos

Senhor, que eu saiba fazer a vontade do Pai e nada me afaste das exigências do Reino.

São João Capistrano

Hoje celebramos a memória de São João Capistrano. Nasceu em Capistrano (Abruzo, Italia) em 1386. Estudou Direito e exerceu durante algum tempo a profissão de juiz. Depois entrou na Ordem dos Frades Menores e foi ordenado sacerdote. Desenvolveu uma forte atividade pastoral em toda a Europa, evangelizando e fortalecendo a vida cristã e da comunidade. Combateu as heresias de seu tempo. Morreu em Vilach (Austria) em 1456.

O Senhor nos abençoe e guarde.