Homilia – “Não ficará pedra sobre pedra”. Lc 21, 5-11

Homilia – “Não ficará pedra sobre pedra”. Lc 21, 5-11
A estátua apresentada na primeira leitura de Daniel, simboliza a grandiosidade, a riqueza e fascinante imagem dos impérios que se estabelecem através da exploração e opressão. Mas são só aparências, seus pés são de barro; e basta uma pedra para deixa-la em pedaços. São realidades frágeis; solidas na aparência, precárias na consistência. A pedra que destrói a estátua é a prefiguração de Cristo com o seu Reino.
A linguagem apocalíptica é uma das características do final do Ciclo Litúrgico e o começo do Advento. Essa linguagem não indica o final, mas um recomeço. As coisas velhas, simbolizadas pelo Templo, pelas leis e tradições, ficam esgotadas e ultrapassadas. O novo chega com Jesus, começa com a ressurreição e permanecerá para sempre.
Jesus alerta os discípulos para não se deixarem enganar em relação ao fim dos tempos. Falsos pregadores aparecerão, daí a necessidade do discernimento para não cair nessas conversas: “Não andem atrás dessa gente”.

O futuro
O erro desses discursos está em colocar a atenção no futuro, esquecendo-se do presente. O futuro é construído no presente! Aquilo que fazemos ou deixamos de fazer terá repercussões em termos de salvação ou condenação.
Quem se coloca no caminho do bem, coloca-se direção da comunhão com o Pai. Quem escolhe o caminho do mal opta por distanciar-se dele. O discípulo consciente dessa realidade transforma a vida numa escolha amorosa e misericordiosa. E não se apavora, caminha na certeza de ser acolhido nessa comunhão.
Jesus no seu discurso esclarece que o fim, será a superação de uma fase da história: “Não será logo o fim”. E adverte que sempre haverá guerras, terremotos, fome e epidemias, que marcam uma fase seguinte, na história da humanidade. Cabe a comunidade, diante de um mundo caótica, ficar vigilante e cheia de esperança.
Rezemos: Senhor, que a minha vida seja a prática do amor

