Homilia — Mt 10,1-7 — Missa de 4ª-feira, 09/07/25

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Homilia — Mt 10,1-7 — Missa de 4ª-feira, 09/07/25

O Evangelho de hoje nos leva à origem do envio apostólico. Jesus chama, confere autoridade, nomeia e envia. E isso, por si só, já revela uma verdade central da fé: ninguém se envia a si. O discípulo não se autoproclama missionário. Ele é chamado pelo nome, com poder, e enviado por aquele que é Senhor.

Deus conhece e chama pelo nome

Logo no início, o texto afirma que Jesus deu aos doze poder para expulsarem os espíritos maus e para curarem todo tipo de doença e enfermidade.” Aqui há algo profundamente teológico: a autoridade apostólica é dom de Cristo, não conquista humana. E não se trata de poder político ou prestígio social. Trata-se do poder de libertar e restaurar, de tocar nas feridas do corpo e da alma, de enfrentar o mal com a força da graça.

Em seguida, o Evangelho faz algo incomum: cita um por um os nomes dos apóstolos. Isso não é detalhe. É a confirmação de que Deus conhece e chama pelo nome. A missão não é dada a uma massa anônima, mas a pessoas concretas, com suas histórias, fraquezas e vocações singulares. E entre esses nomes, há contrastes gritantes: Pedro, impulsivo; Tomé, desconfiado; Mateus, publicano; Simão, zelota; Judas, traidor. Isso mostra que o Senhor não escolhe os perfeitos, mas os disponíveis. É da comunhão desses doze frágeis que nasce a Igreja.

Então vem a ordem: “Não deveis ir aos pagãos, nem aos samaritanos… Ide antes às ovelhas perdidas da casa de Israel.” Esta instrução pode parecer limitante, mas contém um princípio espiritual profundo: a missão começa por dentro. Antes de sair ao mundo, é preciso voltar o olhar ao povo de Deus. A “casa de Israel” simboliza a aliança, a pertença, a promessa. Mas é também o lugar onde há ovelhas perdidas — aqueles que, mesmo na religião, já não ouvem a voz do Pastor.

O Reino dos Céus está próximo

Portanto, essa ordem é uma denúncia e uma misericórdia. Jesus reconhece haver filhos perdidos na casa. E é a eles que Ele envia primeiro. A missão da Igreja começa com a própria conversão: não podemos anunciar com credibilidade aquilo que não vivemos. As ovelhas perdidas de Israel são, também, nossas famílias, nossas comunidades, nossos batizados afastados, nossos corações endurecidos.

No entanto, a mensagem permanece a mesma:
“Anunciai: O Reino dos Céus está próximo.”

Essa proximidade não é geográfica, mas existencial. O Reino está próximo porque Deus se fez próximo. Ele não reina à distância, mas entra na história. Anunciar o Reino é anunciar a presença eficaz de Deus no meio do Seu povo. É dizer: Ele está aqui: cura, chama, reconcilia. E Ele faz isso por meio de nós, seus frágeis enviados.

Amados irmãos, este Evangelho nos convoca a uma dupla fidelidade:
– Fidelidade ao chamado pessoal,
– E fidelidade à missão confiada.

Jesus nos chama hoje, como chamou os Doze. Ele nos conhece pelo nome. E nos envia, não porque sejamos melhores, mas porque Ele quer chegar aos perdidos por meio de nós.

Por isso, perguntemo-nos com seriedade: quais são as ovelhas perdidas que o Senhor nos manda buscar? Em nossa casa, em nossa paróquia, em nosso meio, há corações distantes que esperam uma palavra viva. E a missão começa quando deixamos de somente pertencer à Igreja — e passamos a ser enviados por ela.

Que o Espírito nos dê a coragem dos apóstolos, a humildade dos pobres e a prontidão de quem sabe que o Reino já começou — e clama por ser anunciado.

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