Homilia | Jesus foi conduzido ao deserto pelo Espírito, para ser tentado pelo diabo. Ele jejuou durante quarenta dias e quarenta noites”. Mt 4, 1-11
Homilia | Jesus foi conduzido para ser tentado pelo diabo
PROVADO, MAS NÃO DERROTADO!
Quaresma é o tempo de preparação para a Páscoa do Senhor. Tem um forte simbolismo. Transborda da liturgia para a vida cotidiana e para a história: indica um período de preparação em vista de um acontecimento transformador e renovador, que se dará pela graça de Deus. É um itinerário de fé a ser percorrido, que pede empenho e esforço e nos conduzirá a uma nova condição vital.
Jesus depois do Batismo, foi conduzido pelo Espírito só deserto, onde jejuou e rezou por quarenta dias e noites e, sendo tentado, confirmou sua missão. E nós como batizados e batizadas, nossa vocação é a de servidores. Somos chamados a reconhecer que tudo é dom, e também somos tentados e provocados a viver em busca de nosso próprio amor, querer e interesse.
Jesus viveu este combate no deserto. E nessa situação de fragilidade: deserto, jejum, solidão, foi abordado e tentado a se desviar do caminho da sua missão e identidade. Mas a sua obediência e o desejo de não buscar benefícios próprios, reverteram as tentações. Reafirmou sua condição divina e não abandonou o caminho de Servidor do Reino.
- Á tentação que vem do desejo de satisfação imediata e de prosperidade. A resposta de Jesus: “O ser humano não vive só de pão, mas de toda Palavra que sai da boca de Deus”.
- À tentação que vem do desejo de glória e prestigio. A resposta de Jesus: “Não tente o Senhor seu Deus”.
- À tentação que vem do poder e domínio. A resposta de Jesus: “Vá embora Satanás! Pois está escrito: Adore o Senhor seu Deus, e somente a ele preste culto”.
Superadas as provações, Jesus passa a trabalhar para implantar o Reino de Deus, mantendo a primazia de Deus em seu coração. E eu como reajo diante das tentações na minha vida? Preciso continuar pedindo: Não me deixe cair em tentação. Quero ser fiel e não cair nas armadilhas do tentador.
Renovado pela prática da oração, da escuta da Palavra de Deus, da penitencia, da esmola e do jejum, quero em comunhão com a Igreja do Brasil, traduzir em gestos o empenho de buscar e cultivar a fraternidade diante da realidade de fome, injustiça e abandono de grande parte de nosso povo, acolhendo o apelo que o Senhor faz: “Vocês é que devem lhes dar de comer” Mt 14, 16.
Rezemos: Senhor, que eu tenha a sua fortaleza, mantenha a fidelidade e faça a sua vontade.
O Senhor nos abençoe e guarde.
