Homilia – “Fiquem preparados!”. Mt 24, 42-51

A parábola que ouvimos no evangelho ilustra o tema da vigilância, que é uma virtude cristã. Em todos os tempos, encontramos cristãos que se descuidam de vigiar e ficam preocupados com muitas coisas, menos com o essencial, a vinda do Filho do Homem. Jesus passa pela nossa vida de muitas maneiras: no pobre, no doente, nos excluídos, nos apelos da história, etc.

As correrias diárias e a falta de uma verdadeira espiritualidade impedem que as pessoas percebam essa presença, dificultando a alegria do encontro com o Senhor. Os discípulos precisam ficar “antenados” para perceber Jesus que se apresenta na história. A eternidade dependerá das opções que fazemos no dia a dia.

A fragilidade que carregamos, aconselha a vigilância. Mesmo estando no caminho de Deus, podemos facilmente nos desviar. Nossas más inclinações, as tendências de nosso ambiente cultural, a maldade das pessoas, podem nos afastar do caminho do Evangelho.
Assim a Igreja, continuamente celebra tempos fortes de oração e penitência para a reorientação da vida, como o Advento e a Quaresma, para evitar o esfriamento do nosso coração e da nossa fé.

Sempre de novo, se faz necessário despertar a vigilância, para que a indiferença não nos torne insensíveis aos apelos de Jesus. Não podemos desperdiçar a chance que nos foi concedida. Devemos entregar-se à prática da justiça, do amor compassivo na alegria do serviço.

Rezemos

Senhor, concede-nos a graça do empenho e da perseverança na prática da justiça e do amor. Quero ser um servo fiel e prudente.

Celebramos hoje Santo Agostinho bispo e doutor da Igreja. Nasceu em Tagaste, Argélia em 354. Passou por diversos grupos e posicionamentos filosóficos, antes de sua conversão aos 33 anos. Recebeu o batismo das mãos de Santo Ambrósio. Foi ordenado padre em 391, e depois bispo de Hipona. Dedicou-se a comentar Salmos e outros livros da Escritura, administrou a justiça e escreveu cartas para orientar as comunidades cristãs. Voltado a vida monástica e pastoral deixou uma vasta obra que até hoje influencia a teologia das Igrejas. Deixou uma regra religiosa com o lema “Um só coração e uma só alma voltados para Deus”. Refletindo sore a condição humana, escreveu: “Fizeste-nos para Ti, e inquieto está o nosso coração, enquanto não repousa em Ti”.
Santo Agostino, rogai por nós!

O Senhor nos abençoe e guarde.