Homilia – “Eu devo anunciar a Boa Nova do Reino de Deus”. Lc 4, 38-44
Homilia – “Eu devo anunciar a Boa Nova do Reino de Deus”. Lc 4, 38-44
Jesus leva a sério seu programa de libertação, assumido na sinagoga de Nazaré (cf Lc 4, 16-22). Ele distribui a benção da cura. A sua capacidade de fazer o bem atraia muitos que o procuravam para serem libertos.
Na sinagoga de Cafarnaum, havia curado um homem possuído por um espírito impuro e depois se desloca para a casa de Pedro. A sogra estava com febre e de cama. Jesus a segura pela mão e ajuda a levantar-se, a liberta de todos os males.
Nesta ação podemos admirar três coisas: compaixão; sensibilidade de Jesus manifestada na atenção àquela mulher que está doente. É o modo misericordioso de aproximar-se dos pecadores e sofredores. Intercessão; mediação entre as pessoas e suas necessidades e o Senhor misericordioso, expressão da caridade com o próximo e de confiança em Deus. O serviço é a resposta dos que se reconhecem abençoados pela mão do Senhor. Compaixão, intercessão e serviço formam um programa para o crescimento dos discípulos na vida da comunidade.

A cura da sogra de Pedro tocou fundo o seu coração a ponto de banir o egoísmo e torná-la servidora. Quando acontecem ambas as curas, a física e a espiritual, a pessoa se coloca a disposição de Deus para realizar o querer divino e torna-se atenta a Palavra que a move para trilhar o caminho de salvação.
No final do dia, Jesus entra em contato com muitos doentes e liberta a todos. É a solidariedade do Pai derramada sobre a humanidade que carrega suas dores. O Pai nos quer bem e dá mostras do seu amor na ação do Filho amado.
As multidões querem segurar Jesus junto deles. Mas Ele se retira para o momento com o Pai. Movido pelo pela força da oração, retoma o sentido de sua missão: anunciar a Boa Notícia do Reino a outras cidades. Não se pode aprisionar o missionário nem a Palavra.
Rezemos: Senhor, somos amados pelo Pai que nos quer bem. Desejo escutar a Palavra e ser solidário com os sofredores.
São Gregório Magno
Hoje celebramos são Gregório Magno. A Igreja se fundamenta sobre Pedro, mas também sobre a argamassa feita da dedicação de muitos cristãos que o sucederam. E assim a Igreja cresceu. Hoje lembramos de Gregório, o Magno em sabedoria, inteligência e caridade.
Nasceu 540 e por influencia da mãe e duas tias, também santas, teve uma formação cultural esmerada, ingressando na vida pública sendo prefeito de Roma. Nessa época um grupo de Monge Beneditinos que teve o seu convento em Montecassino invadido, Gregório deu-lhes um palácio na colina de Célio, onde fundaram um convento dedicado a Santo André.
Esse contato fez explodir sua vocação monástica. Renunciando a tudo, vestiu ao hábito beneditino, declarando que o seu tempo no mosteiro foi o melhor de sua vida. Foi nomeado para uma importante missão em Constantinopla, onde escreveu grande parte de sua obra literária. Foi chamado de volta a Roma, e eleito abade do convento Santo André, nessa função ganhou fama por sua caridade e dedicação ao próximo.
Depois da morte do Papa Pelágio, foi eleito seu sucessor. Apesar de resistências pessoais, foi sagrado Papa em 03 de setembro de 590. Em seus 14 anos de pontificado levou uma vida austera; dispensou serviços pessoais, exerceu um apostolado com muito trabalho, disciplina, moralidade e respeito as tradições da doutrina.
Orientou a conversão dos ingleses, protegeu os judeus na Itália contra perseguição de hereges e assumiu atitudes para que o cristianismo fosse respeitado por piedade, prudência e benevolência. Morreu no ano de 604, foi sepultado na Basílica de São Pedro, no seu funeral o povo o aclamava santo. Foi honrado também, como Doutor da Igreja
O Senhor nos abençoe e guarde.