Homilia – “Ergueu os olhos para o céu e pronunciou a bênção”. Mt 14, 13-21
Homilia – “Ergueu os olhos para o céu e pronunciou a bênção”. Mt 14, 13-21
A multiplicação dos pães é o caminho de quem se dispôs a oferecer seu pouco alimento para saciar a fome de todos. E Jesus mostrou o milagre da partilha e solidariedade para alimentar aquela multidão faminta e desorientada. Denunciando a insensibilidade e o egoísmo de quem detém para si os bens deste mundo e a tentação de sua concentração nas mãos de poucos.
Jesus se afasta da cidade, símbolo da ganância e opressão, e se retira para um lugar deserto, onde vai celebrar o banquete da abundância para todos. A multidão corre ao seu encontro. Ele sempre tem algo valioso para oferecer. Alimenta com o Pão da Palavra e o pão material. Logo, este pão se tornará o Banquete Eucarístico, o alimento espiritual.
Jesus deixa um grande ensinamento para a comunidade. Não podemos despedir a multidão faminta, somos desafiados a alimentá-la sem recorrer a mentalidade comercial.
Aprendemos com Jesus: nos tornamos sensíveis, solidários, comprometidos e participantes. Despojados, repartimos e estabelecemos novas relações onde predominam o amor, o respeito e o serviço. Foi recolhido o alimento que traziam, e levado até Jesus: deu graças, repartiu, distribuiu… o milagre aconteceu. Saciou a fome de todos e ainda sobrou comida.
Cabe aos discípulos, principalmente as lideranças do povo, organizar a sociedade e promover a igualdade. Assim, ninguém passará necessidade. Partilhar o pão e recolher as sobras constituem a ordem de Jesus. O modo de fazer isso depende de cada um de nós.
Rezemos: Senhor, ensina-nos a partilhar generosamente os bens que possuímos para ver o milagre acontecer.

FESTA DE SÃO JOÃO MARIA VIANEY
São João Maria Vianey, modelo de caridade pastoral e de cuidado com os pobres. O Cura D’Ars foi canonizado por Pio XI em 1925 e proposto como modelo para os padres diocesanos, especialmente os párocos!
Do púlpito anunciava a Palavra de Deus com unção e profecia, despertando nos ouvintes, sincero desejo de conversão, que os levava até o tradicional confessionário, onde eram acolhidos, ouvidos, aconselhados e pela misericórdia divina, reconciliados com o Pai, com a Igreja e consigo mesmos. Daí caminhavam para a mesa do altar, onde o Cura D’Ars, diariamente celebrava a Eucaristia.
Assim, em torno dessa mesa selava-se o encontro pessoal com o Senhor e os irmãos, que partilhavam o Pão da Vida e o Cálice da Bênção.
Sabemos pela história e biografia do santo que seu ministério pastoral não se restringiu ao espaço religioso da pequena igreja de Ars, pelo contrário, derramou-se e expandiu-se por toda a cidade em obras de caridade e no cuidado com os pobres, órfãos e enfermos.
Para a cidade de Ars, peregrinavam nobres e pobres, simples e doutores, para ouvir o seu padre, aconselhar-se e tantas vezes reencontrar-se com as fontes genuínas da fé cristã.
A vida e a ação do Cura d’Ars, são na dinâmica do Reino, instrumentos singelos. Mas Deus age surpreendentemente e ninguém pode conter o alento do Espírito que dá vida.
Nesses dias difíceis, de incertezas e inseguranças, caminhamos de esperança em esperança, sabendo que ela não decepciona, comemoramos o Dia do Padre, confiantes que o Senhor está conosco. Que o Espírito venha em nosso auxílio. O bom Cura D’Ars interceda por nós! E Maria, Mãe dos pastores, nos proteja!
O Senhor nos abençoe e guarde.