Homilia – “E quem é o meu próximo?”. Lc 10, 25-37
Homilia – “E quem é o meu próximo?”. Lc 10, 25-37
Jonas recusou obedecer ao Senhor diante da missão que lhe foi confiada. Cheio de medo, fugiu em direção contrária num navio. Porém, uma tempestade impediu sua fuga. E foi forçado a encontrar-se consigo mesmo e com Deus, figurado pelo mar e o ventre do peixe. Aprendeu a lição: a salvação pertence ao Senhor, sendo concedida a quem Ele quiser. A oração de Jonas é uma síntese de vários salmos. Foi devolvido à praia e recrutado novamente para a missão. Mesmo resistente, se fez obediente e partiu para Nínive.
A parábola do samaritano ilustra a misericórdia a ser testemunhada pelo discípulo do Reino. O samaritano, naquele momento, foi puxado para a realidade diante daquele homem semimorto, caído pelo caminho, vítima de maldades. Mostrou que amar a Deus e amar o próximo resumem a Lei.
A vida daquele homem sofreu uma mudança. Aquela viagem tomou uma nova direção. A sobrevivência daquele homem ferido, dependia da sua solidariedade. Ficou claro que o próximo é quem está à minha frente e precisando da minha ajuda.
Diante da vítima caída e ferida, o samaritano não fez nenhuma pergunta; entrou logo em ação. Não se deixou paralisar por nenhum tipo de preconceito ou outro obstáculo: nacionalidade, religião, ocupações urgentes. Ele foi misericordioso.
O samaritano partilhou com o homem caído tudo quanto possuía: azeite, montaria, tempo e dinheiro. Tudo isso sem esperar agradecimentos ou recompensas. O gesto de misericórdia foi gratuito. Assim é o agir do discípulo, nos passos de Jesus: “Vai, e faça a mesma coisa”.

São Bruno
Hoje celebramos São Bruno, nasceu em Colônia, na Alemanha, no ano de 1030. Foi um sacerdote cheio de zelo e, sobretudo em Reims, um grande professor respeitado. Por volta de 1080, sentiu-se chamado à vida contemplativa e, no maciço de Chartreuse, fundou a Ordem dos Cartuxos. Foi auxiliar do Papa Urbano II, que o chamou diante das dificuldades da Igreja. Acompanhou o Papa em seu exílio no Sul da Itália. Na Calábria, fundou a segunda Cartuxa, onde faleceu e está sepultado.
Rezemos: Senhor, quero ser sempre solidário, amar e servir os caídos do caminho, que dependem de um gesto de misericórdia.
O Senhor nos abençoe e guarde.