
Homilia – “Dias virão em que o noivo será tirado do meio deles, então eles jejuarão”. Mt 9, 14-15
Homilia – Mt 9, 14-15
O jejum era uma prática recorrente na piedade judaica. Os mais fervorosos jejuavam até duas vezes por semana. Jesus traz algo novo marcado pela alegria da salvação. Não tinha porque ficar triste, o Ressuscitado está sempre presente na comunidade: “Eu estarei sempre com vocês”. Jejuar só por tradição ou obrigação é expressão de uma religiosidade vazia.
Todo sacrifício deve ser acompanhado de conversão e mudança de vida, senão não agrada a Deus. O jejum deve ativar em nós o dinamismo do amor que nos faz mais compassivos e misericordiosos, expandindo-se em solidariedade, serviço e acolhimento do outro. É um exercício de autodomínio da língua, das paixões, dos ímpetos de maldades, do egoísmo, do ciúme, da inveja. É o desafio de vencer a si mesmo.
O foco da vida cristã incidi na prática da caridade-amor. O jejum agradável ordena as paixões do coração, tornando-nos sensíveis as necessidades dos irmãos e da justiça que caminha a nossa frente. É a alegria cristã, a alegria de colocar-se junto de Jesus e dos irmãos.
Jesus prefere a alegria e não uma religião de estomago vazio. Vamos aprender a “jejuar alegremente”: jejuar de julgamentos e festejar a nobreza escondida em cada um; jejuar de preconceitos que nos afastam e festejar aquilo que nos une; jejuar de tristezas e celebrar a alegria; jejuar de pensamento e palavras doentias e alegrar-nos com palavras carinhosas e edificantes; jejuar de lamentar fracassos e festejar a paciência que santifica; jejuar de preocupações, queixas e lamentações, e festejar a esperança e o cuidado providente de Deus; jejuar de pressas e ativismo e saber festejar o repouso reparador… Sempre aprendendo com sabedoria e educando-se no amor fraterno e serviçal.
Rezemos
Senhor, ensina-me a viver o jejum, tornando o meu coração mais sensível as necessidades dos que precisam.
O Senhor nos abençoe e guarde.