Homilia diária — Segue-me! Ele se levantou e seguiu a Jesus

Homilia diária Sábado

Homilia diária — Segue-me! Ele se levantou e seguiu a Jesus

Segue-me!

Queridos irmãos e irmãs,

O Evangelho de hoje nos traz um encontro que, à primeira vista, poderia ser visto como improvável: o chamado de Mateus, um cobrador de impostos. Cobradores de impostos naquela época eram desprezados pelo povo, pois eram vistos como colaboradores do império romano, opressores e injustos. No entanto, é justamente a esse homem, sentado em sua coletoria, que Jesus dirige um convite direto e transformador: “Segue-me!” Sem hesitação, Mateus se levanta e segue Jesus.

A força do chamado de Cristo

Essa resposta imediata de Mateus nos fala sobre a força do chamado de Cristo. Quando Jesus nos chama, Ele o faz de maneira pessoal, direta, e Sua voz pode romper com as barreiras que criamos ao longo da vida. Mateus, até então preso à sua profissão de cobrador de impostos e à sua má reputação, se levanta e deixa para trás tudo o que o mantinha distante de Deus. Isso é um convite para nós também. Jesus nos chama a cada dia, não importando onde estamos ou o que fazemos, para nos levantarmos e segui-Lo, deixando para trás tudo o que nos prende ao pecado e à mediocridade.

Estavam “fora” da graça de Deus

A cena seguinte é ainda mais desafiadora para os que observam. Jesus está à mesa com muitos cobradores de impostos e pecadores. Isso causa escândalo aos fariseus, que não conseguem compreender como um mestre pode se sentar à mesa com pessoas tão indignas. Eles perguntam aos discípulos: “Por que vosso mestre come com os cobradores de impostos e pecadores?” Essa pergunta revela a mentalidade legalista e excludente dos fariseus. Para eles, a pureza religiosa significava distanciar-se dos pecadores, evitar qualquer contato com aqueles que, em suas mentes, estavam “fora” da graça de Deus.

Mas Jesus, ao ouvir a pergunta, responde com uma das mais belas e consoladoras verdades do Evangelho: “Aqueles que têm saúde não precisam de médico, mas sim os doentes.” Jesus não veio para os que se consideram justos, perfeitos ou merecedores. Ele veio, precisamente, para os doentes, para os pecadores, para aqueles que reconhecem sua necessidade de cura, de misericórdia, de perdão. E é isso que faz de Cristo o verdadeiro médico de nossas almas. Ele não se afasta de nós em nossos momentos de fraqueza, mas se aproxima, porque é nesses momentos que mais precisamos de Sua graça.

“Quero misericórdia, e não sacrifício”

Jesus, então, nos ensina uma lição fundamental: “Quero misericórdia, e não sacrifício”. Aqui, Ele está citando o profeta Oséias, e sua mensagem é clara. O que agrada a Deus não são meramente os rituais, os sacrifícios externos, mas um coração cheio de misericórdia, um coração que compreende e vive o amor que Deus tem por todos, especialmente pelos mais necessitados. Os fariseus, ao se fixarem na lei e nos rituais, perderam a essência da mensagem de Deus: a misericórdia. Eles estavam tão preocupados com a pureza externa, que não conseguiam ver a grandeza da misericórdia de Deus atuando naquele momento.

Este Evangelho é um chamado à conversão. Assim como Mateus, somos todos chamados a nos levantar de nossas “coletorias de impostos”, de nossos apegos, de nossos pecados e seguir Jesus. E, como Jesus nos ensina, devemos ter a humildade de reconhecer que somos doentes, que precisamos de Sua cura, de Sua misericórdia. Ao fazermos isso, somos convidados a sentar à mesa com Ele, assim como os pecadores fizeram, para partilhar da comunhão com o próprio Deus.

Rezemos

Por fim, irmãos e irmãs, que essa mensagem de misericórdia ressoe em nossos corações. Que possamos, como Mateus, responder prontamente ao chamado de Cristo. E, como Jesus nos ensinou, que possamos buscar a misericórdia, tanto em nossa relação com Deus quanto em nossa relação com o próximo, porque é no exercício da misericórdia que verdadeiramente nos tornamos discípulos de Cristo. Amém.

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