Homilia diária — Quinta-feira, 24/10/24 — Lc 12,49-53

Ser discípulo é carregar a cruz da verdade em um mundo que muitas vezes prefere o conforto das mentiras. Homilia diária — Quinta-feira, 24/10/24 — Lc 12,49-53

Homilia diária — Quinta-feira, 24/10/24 — Lc 12,49-53

Hoje nos deparamos com um Evangelho que, à primeira vista, parece desconcertante. Jesus nos fala de fogo, ansiedade e divisão. Como conciliar essa mensagem com a imagem do Cristo que conhecemos, o Príncipe da Paz? Como compreender que Ele diz ter vindo não para trazer paz, mas divisão? A chave para entender essas palavras está no coração do mistério do Reino de Deus: o Evangelho é um fogo purificador que transforma, e essa transformação nem sempre é suave.

Jesus inicia dizendo: “Eu vim para lançar fogo sobre a terra, e como gostaria que já estivesse aceso!” O fogo ao qual Ele se refere não é um fogo destrutivo, mas um fogo de purificação e santificação. Na Escritura, o fogo é muitas vezes símbolo da presença divina. Pensemos, por exemplo, na sarça ardente em que Deus se revelou a Moisés, ou no fogo do Espírito Santo que desceu sobre os apóstolos em Pentecostes. O fogo do Evangelho purifica o coração humano, consumindo o pecado e acendendo a chama do amor verdadeiro por Deus. Mas esse processo de purificação exige desapego, renúncia e transformação.

O Senhor segue dizendo: “Devo receber um batismo, e como estou ansioso até que isto se cumpra!” Aqui, Jesus se refere ao batismo de sua paixão e morte. O caminho da cruz é o preço da redenção, a porta estreita pela qual Ele escolheu passar para nos salvar. Jesus não evita o sofrimento; Ele o abraça com amor, pois sabe que somente através desse batismo de sangue Ele abriria o caminho para a vida nova. Ele nos ensina que a vida cristã também é marcada por um batismo contínuo: o batismo do Espírito Santo, que nos transforma em discípulos autênticos e fiéis.

A Paz que Divide

E agora chegamos ao trecho mais difícil: “Vós pensais que eu vim trazer a paz sobre a terra? Pelo contrário, eu vos digo, vim trazer divisão.” Como entender essa aparente contradição? Não é que Jesus tenha vindo provocar brigas ou discórdias, mas sim que o anúncio do Evangelho é radical e inevitavelmente confronta as falsas seguranças do mundo. A presença de Cristo exige uma escolha, uma decisão definitiva por Ele e pelo Reino de Deus. E essa escolha, muitas vezes, provoca resistência, incompreensão e separação – até mesmo dentro das famílias.

Essa divisão não é apenas uma ruptura social, mas uma separação espiritual. Aqueles que abraçam o Evangelho são chamados a abandonar as antigas formas de vida que não condizem com o Reino de Deus. Isso pode causar conflitos profundos, pois o seguimento de Cristo é exigente: ele nos desafia a renunciar ao egoísmo, às falsas idolatrias e ao apego desordenado aos bens terrenos. Não é uma divisão pela violência, mas pela verdade. O fogo do Evangelho revela as intenções mais íntimas dos corações e nos coloca diante da escolha: viver para Deus ou para o mundo.

A Cruz da Verdade

A divisão que Jesus menciona também nos ensina que o Reino de Deus não é um espaço de neutralidade ou acomodação. Não é possível seguir Jesus pela metade. O seguimento autêntico nos pede que enfrentemos as incompreensões e, às vezes, até rejeições. Ser discípulo é carregar a cruz da verdade em um mundo que muitas vezes prefere o conforto das mentiras. A fé em Cristo nos tira da zona de conforto e nos chama a confrontar as injustiças e anunciar a esperança. Esse confronto gera tensão, pois o Evangelho não compactua com a hipocrisia, a ganância ou o orgulho.

A cruz não é um sinal de derrota, mas um caminho de vitória. Quando aceitamos esse fogo purificador, tornamo-nos testemunhas autênticas do Reino, fazendo arder em nossos corações o mesmo amor que Cristo viveu até o fim. E é esse fogo que temos a missão de espalhar no mundo.

As assustadoras profecias de Nossa Senhora do Bonsucesso estão se cumprindo nos nossos dias!

As aparições de Nossa Senhora do Bonsucesso são um verdadeiro tesouro espiritual, repletas de mistério e encantamento. Desde os primeiros relatos até os dias atuais, a presença da Mãe de Deus tem sido um farol de esperança e fé para muitos católicos. Imaginemos, então, as emoções que invadiram os corações dos fiéis ao perceberem que a Virgem Maria escolheu aquele lugar específico para manifestar sua graça e seus ensinamentos. As histórias de fé e conversão que surgiram a partir dessas experiências são como pérolas preciosas, testemunhando o impacto transformador que essas aparições podem ter nas vidas das pessoas.

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