No ensinamento sobre a oração, Jesus nos convida a uma intimidade profunda com Deus, Pai de todos. Ele nos orienta a evitar a repetição vazia, característica das práticas pagãs, destacando que Deus conhece nossas necessidades antes mesmo de as expressarmos. A prece do “Pai Nosso” sintetiza essa relação íntima, ensinando-nos a santificar o nome de Deus, buscar a realização de Seu reino e vontade, solicitar o sustento diário, o perdão e a libertação do mal.

A oração do “Pai Nosso” vai além de um simples conjunto de palavras; é um convite à reflexão sobre nossa relação com Deus e com o próximo. Ao pedir o pão de cada dia, reconhecemos nossa dependência divina, enquanto o pedido de perdão, vinculado à nossa capacidade de perdoar, ressalta a necessidade de misericórdia e compaixão nas relações humanas.

Este ensinamento também nos confronta com a dura realidade do perdão condicional: “se vós perdoardes… vosso Pai… também vos perdoará”. Isso nos leva a ponderar sobre a generosidade e a profundidade do nosso perdão, refletindo sobre como nossas ações e disposição em perdoar podem refletir a misericórdia que esperamos de Deus.

Além disso, a exortação a não cair em tentação e o pedido de libertação do mal nos recordam da constante batalha espiritual em nossa jornada, necessitando da graça divina para superar as adversidades e os desafios que nos afastam de uma vida em plenitude com Deus e com os irmãos.

Portanto, a oração ensinada por Jesus é um modelo de como devemos nos aproximar de Deus: com humildade, confiança e um coração aberto para perdoar. Ela nos orienta a buscar primeiro o Reino de Deus e Sua justiça, confiando que, ao fazer isso, todas as nossas necessidades serão atendidas, segundo a Sua vontade. Que possamos, então, viver essa oração em nossas vidas, tornando-nos verdadeiros filhos e filhas do Pai, comprometidos com a construção de um mundo de justiça, amor e paz.  (LC)

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HOMILIA – “Cria em mim um coração que seja puro” Mt 22, 1-14