A lição deste Evangelho é clara: somos chamados a transcender nossas próprias barreiras – Homilia Diária – Evangelho de hoje – Quinta-feira, 08/02/24
A Fé que Transcende Barreiras
Homilia Diária – Evangelho de hoje – Quinta-feira, 08/02/24
Homilia: A Fé que Transcende Barreiras
Na região de Tiro e Sidônia, encontramos Jesus em um momento singular de seu ministério, onde a fé de uma mulher pagã nos apresenta uma lição inestimável sobre a universalidade do amor de Deus. Este episódio nos desafia a olhar além das barreiras étnicas e religiosas, convidando-nos a uma compreensão mais profunda da misericórdia divina.
A mulher, uma pagã da Fenícia da Síria, aproxima-se de Jesus com uma súplica desesperada pela cura de sua filha. Sua origem estrangeira é destacada, sublinhando não só a distância física, mas também a espiritual e cultural que separava os judeus dos pagãos. No entanto, é justamente essa mulher, vinda de fora dos círculos tradicionais do povo escolhido, que nos dá um testemunho de fé persistente e humilde.
A resposta de Jesus à sua súplica, inicialmente, pode parecer desencorajadora. A metáfora do pão destinado aos filhos e não aos cachorrinhos ressalta o foco inicial do ministério de Jesus no povo de Israel. No entanto, a resposta da mulher revela uma compreensão profunda do Reino de Deus: ela reconhece que, mesmo as migalhas da mesa do Senhor, são suficientes para a cura e a salvação. Aqui, os “cachorrinhos” simbolizam todos aqueles considerados externos ou indignos aos olhos da sociedade, mas que são acolhidos e amados por Deus.
Uma Fé que Rompe Fronteiras
A fé da mulher fenícia não é apenas notável; é transformadora. Ela não se deixa desencorajar pela aparente rejeição, mas, pelo contrário, sua resposta evidencia uma confiança inabalável no poder e na misericórdia de Jesus. Esta interação é um ponto de virada, um sinal de que o amor de Deus não conhece fronteiras e está disponível a todos, independentemente de sua origem ou status.
A lição deste Evangelho para nós hoje é clara: somos chamados a transcender nossas próprias barreiras, sejam elas de preconceito, orgulho ou medo, e a reconhecer a dignidade e o valor de cada pessoa. Como seguidores de Cristo, devemos ser portadores das migalhas de esperança e cura para aqueles que se sentem marginalizados ou esquecidos pela sociedade.
Rezemos
Senhor Jesus, que acolhestes a súplica da mulher fenícia com compaixão e amor, ensinai-nos a ver além das divisões que nos separam. Que possamos, como ela, aproximar-nos de Vós com fé humilde e persistente, sabendo que em Vossa mesa há lugar para todos. Amém. (LC)