Homilia diária da liturgia católica — sábado, 15/02/25

Homilia diária Sábado

O homem não vive somente de pão, mas de toda palavra da boca de Deus. Homilia diária da liturgia católica — sábado, 15/02/25

Homilia diária — sábado, 15/02/25

Caríssimos irmãos, que cena tocante acabamos de ouvir! De novo uma multidão se reúne em torno de Jesus, faminta de atenção, de uma palavra amiga e, claro, de alimento. E o Mestre olha para a multidão e diz: “Tenho compaixão dessa gente.” Que frase profunda! Em poucas palavras, Ele revela o coração que se comove e se põe a serviço do próximo.

Reparem que as pessoas já estavam há dias com o Senhor, sedentas de esperança e prontas para ouvir seus ensinamentos. Mas o corpo também precisa de pão. Jesus enxerga essa necessidade e não fica de braços cruzados. Em vez de mandá-los embora com fome, Ele age. E como age? Pegando o pouco que há — apenas sete pães e uns peixinhos — e fazendo esse pouco se tornar muito. Que maravilha!

Nós, muitas vezes, não vemos saída, achamos que não há recursos para ajudar quem precisa. Os discípulos chegaram a perguntar: “Como alimentar tanta gente no deserto?” Mas Jesus nos mostra que, quando o amor guia nossos passos, o impossível ganha forma. Ele pega os pães, agradece ao Pai e manda distribuir. Ali, a fraternidade se faz concreta, e de sobra! Sete cestos cheios ao final.

Esse milagre não é apenas sobre multiplicar pães. É um lembrete de que a compaixão de Deus transborda. Ele nos ensina a partilhar. Mesmo que nossas “desculpas” sejam escassez, pressa ou cansaço, Cristo sempre oferece uma saída generosa. Basta confiarmos e deixarmos que Ele transforme nossa entrega simples em algo grandioso.

Pensem: quantas vezes passamos por um “deserto” pessoal ou comunitário, onde a fome do corpo ou do espírito parece enorme? Nessa hora, cabe lembrar: Deus se compadece e nos chama a colaborar. Às vezes, a solução está no pouco que temos nas mãos, mas que colocado no coração do Senhor vira um banquete de esperança.

Que esse Evangelho reacenda a nossa vontade de partilhar, de servir. Cada um de nós pode contribuir com algo — uma palavra, um gesto, um sorriso. Quando deixamos Jesus tocar o que trazemos, Ele transforma tudo para o bem. E quantos “sete cestos” cheios de alegria podem surgir disso, hein?

Que saiamos daqui confiantes de que Deus jamais abandona quem tem fome de justiça, amor e paz. Ele age com compaixão e nos convida a fazer o mesmo. Ao recebermos esse chamado, encontramos a verdadeira saciedade, aquela que brota do amor divino e se espalha em torno de nós. Amém! E que, no fundo de cada coração, floresça a certeza de que, com Cristo, até no deserto renasce a abundância.