Homilia diária da liturgia católica — 2ª-feira, 10/02/25

Homilia diária 2ª feira

Jesus pregava a Boa-Nova, o reino anunciando, e curava toda espécie de doenças entre o povo. – Homilia diária da liturgia católica — 2ª-feira, 10/02/25

Homilia diária da liturgia católica — 2ª-feira, 10/02/25

Queridos irmãos, o Evangelho de hoje nos mostra mais uma cena do ministério público de Jesus, onde a multidão corre ao Seu encontro, trazendo os doentes e aflitos para que ao menos possam tocar a barra de Sua veste. E o texto termina com uma frase poderosa: “E todos quantos o tocavam ficavam curados.”

Esse pequeno trecho nos revela muito sobre a misericórdia de Deus, a força da fé e o poder transformador do encontro com Jesus. Vamos refletir sobre como essa cena nos interpela hoje.

Percebam a urgência com que a multidão corre até Jesus. Assim que o reconhecem, eles não perdem tempo. Percorrem toda a região, trazendo os doentes, os feridos, aqueles que não conseguiam caminhar por si mesmos. Aqui está o primeiro ensinamento: quando reconhecemos a presença de Jesus, não podemos ficar parados. Precisamos nos mover, buscá-Lo, e levar com a mesma urgência aqueles que precisam da Sua cura.

Mas será que, na nossa vida cotidiana, estamos reconhecendo Jesus quando Ele passa por nós? Muitas vezes, Ele se manifesta nos momentos simples, nos pequenos gestos, nas oportunidades de oração e nos sacramentos. Será que estamos atentos para correr ao Seu encontro, ou estamos deixando passar o momento da graça?

“Ao menos tocar a barra de Sua veste”

A multidão não estava buscando discursos ou explicações teológicas. Eles sabiam que um simples toque, mesmo na barra da veste de Jesus, era suficiente para obter a cura. Esse gesto nos fala da força da fé. Não é a veste em si que cura, mas o coração cheio de confiança no poder de Deus.

Esse toque da fé é o que nos cura. Mas como estamos tocando Jesus hoje? Tocamos Jesus quando nos aproximamos Dele na oração, quando nos aproximamos da Eucaristia, quando lemos Sua Palavra. Esses momentos são o nosso “toque” na barra da veste de Cristo. Mas, para isso, precisamos de um coração confiante, como o daquela multidão.

Quantas vezes nos aproximamos de Jesus sem essa fé verdadeira? Oramos, mas sem acreditar plenamente que Ele pode nos ajudar. Hoje, o Evangelho nos desafia a renovar nossa fé, a confiar que, ao nos aproximarmos de Jesus, algo poderoso acontece.

Jesus não faz distinção. Todos os que o tocavam eram curados. Isso nos mostra que a graça de Deus é abundante e acessível a todos. Não importa quem somos, de onde viemos, ou quais são nossas fraquezas. O amor de Deus é para todos. Mas há uma condição: precisamos nos aproximar Dele.

Essa cura que Jesus oferece não é apenas física. Ele quer curar também nossas feridas interiores, nossos medos, nossas culpas, e tudo o que nos afasta de Deus e dos outros. O toque de Jesus restaura não só o corpo, mas também a alma.

Somos chamados a levar outros até Jesus

O texto também destaca que muitos dos doentes foram trazidos por outras pessoas. Isso nos lembra que nossa missão como cristãos não é apenas buscar nossa própria cura, mas também levar outros ao encontro de Jesus. Muitos ao nosso redor estão sofrendo, precisando de uma palavra de esperança, de um gesto de carinho, de alguém que os conduza até a fonte da verdadeira cura.

Quantas pessoas em nossa família, em nossa comunidade, estão afastadas de Deus e precisando de um encontro transformador com Cristo? Somos nós que podemos ajudá-las a se aproximar Dele.

Queridos irmãos, o Evangelho de hoje nos convida a sermos como aquela multidão: a reconhecer Jesus, correr ao Seu encontro e tocá-Lo com a fé verdadeira. Ele está sempre próximo, esperando que nos aproximemos para nos curar.

Que hoje possamos tocar a barra da veste de Cristo na oração, na Eucaristia, e em cada oportunidade de encontrá-Lo no nosso dia a dia. E que, assim como os que foram curados, possamos testemunhar essa cura com uma vida transformada e dedicada a levar outros até Ele.