Homilia de hoje — Liturgia da Missa de domingo, 18/05/25

Homilia de hoje — Liturgia da Missa de domingo, 18/05/25

Homilia de hoje – Liturgia da Missa de domingo - homilias.com.br

Homilia de hoje — Liturgia da Missa de domingo, 18/05/25

Caríssimos irmãos, a Palavra proclamada hoje nos conduz ao coração do Evangelho, à sua essência incandescente, ao mandamento que resume toda a revelação: “Eu vos dou um novo mandamento: amai-vos uns aos outros.” Não é um simples conselho, nem uma proposta moral elevada. É um mandamento. Novo — não porque antes o amor não fosse exigido, mas porque agora Jesus define o modo e a medida: “Como eu vos amei.”

Cristo não nos deixou um código, mas um exemplo. Ele não nos enviou só palavras, mas a si mesmo. O amor que Ele nos ordena é aquele que Ele próprio viveu: amor que se inclina para lavar os pés dos irmãos; amor que suporta a traição e não devolve ofensa; amor que se entrega até a cruz, silencioso, fiel, total. O “como eu vos amei” rasga toda ambiguidade. Não é amor qualquer. É amor cruciforme.

Reparem que Jesus pronuncia esse mandamento depois da saída de Judas. O traidor já deixara a sala. O mal já tinha sido selado. E ainda assim, o Senhor fala de glória. Glória não como brilho terreno, mas como plenitude de amor. A cruz já desponta no horizonte, e o que Ele oferece? Não é vingança ou medo. É amor. Amor como mandato, como selo de identidade.

O poder da autoconfiança: Como vencer o medo e conquistar suas metas em 30 dias
O poder da autoconfiança Como vencer o medo e conquistar suas metas em 30 dias

Amar com paciência

Cristo não diz que seremos reconhecidos como seus discípulos pelo número de orações que fazemos, nem pelas vestes que usamos, nem pelas palavras que dizemos. Ele afirma: “Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos: se tiverdes amor uns pelos outros.” A prova visível do discipulado não está na teoria, mas na comunhão. Não está na ortodoxia fria, mas na caridade ardente.

Hoje, em meio a um mundo de polarizações, rancores camuflados de princípios e distâncias travestidas de prudência, Jesus nos chama de volta à única legitimidade que o Evangelho reconhece: amar como Ele. Amar com paciência, com generosidade. Amar sem cobrar, mesmo quando isso nos custa o silêncio, o tempo, o perdão.

Na vida concreta, esse amor se traduz em gestos simples, mas heroicos: escutar sem pressa, perdoar sem condições, ajudar sem buscar reconhecimento. No matrimônio, no serviço pastoral, na relação com os pobres, com os difíceis, com os que nos incomodam — ali está o campo onde o novo mandamento deve brilhar. Ali está o altar invisível do cotidiano, onde cada um pode ser hóstia viva.

Decisões eficazes com a Matriz de Eisenhower
Decisões eficazes com a Matriz de Eisenhower

Meus irmãos, este novo mandamento nos revela o próprio coração de Deus. Pois Deus é amor. E quem ama como Cristo já participa da vida divina, já caminha na luz, já se configura ao Filho. Assim, amar não é somente um dever, mas é a nossa vocação mais alta. É o caminho pelo qual nos tornamos semelhantes Àquele que nos amou primeiro.

Que o Espírito nos dê coragem para viver este mandamento até as últimas consequências. E que, ao olharem para nós, as pessoas não vejam somente palavras, mas rastros do Amor que se fez carne.

Amém.