Homilia de hoje — Liturgia da Missa de domingo, 04/05/25

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Homilia de hoje — Missa de domingo, 04/05/25

Hoje, o Evangelho nos coloca à beira do mar de Tiberíades. O cenário é simples: rede vazia, noite frustrada, corpos cansados. Jesus, no entanto, se aproxima silencioso, como quem respeita o ritmo do nosso cansaço. Ele não exige explicações. Não cobra resultados. Pergunta apenas: “Tendes alguma coisa para comer?”

E quando ouve a resposta negativa, propõe um novo gesto: “Lançai a rede à direita da barca.” E o milagre acontece. A rede se enche. A alegria transborda. O coração reconhece. João grita: “É o Senhor!” Simão Pedro, impaciente de amor, se lança ao mar. Quem ama não calcula a distância. Corre. Salta. Se atira.

Ao chegar à margem, eles encontram brasas acesas, peixe assando, pão quente. Um Deus que prepara a refeição. Um Senhor que serve. Um Salvador que cuida dos detalhes. Então, Jesus aproxima-se, toma o pão e distribui-o. E faz o mesmo com o peixe. O Ressuscitado continua a ser o Servo. Não mudou. Seu amor não diminuiu.

Essa distribuição do pão e do peixe ecoa o gesto da última ceia. Ali, Ele repartiu o pão da sua vida. Agora, Ele confirma: “Estou aqui. Continuo sendo o mesmo. Continuo me dando.” A Eucaristia que celebramos em cada Missa nasce dessa mesma lógica: Jesus distribui-se. Ele não se impõe. Ele se oferece.

Não podemos esquecer: eles reconheceram Jesus no gesto da partilha. Não foi no número de peixes, nem foi na pesca milagrosa. Foi no repartir simples e amoroso. Ali, suas almas compreenderam: o Ressuscitado é aquele que continua a alimentar, a servir, a amar.

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“Tu me amas?”

Depois do pão e do peixe, Jesus volta-se a Pedro. Pergunta-lhe três vezes: “Tu me amas?” Não porque duvide. Mas porque deseja curar cada uma das três negações. Deseja transformar a culpa em missão. Deseja ensinar que o amor não se prova com palavras bonitas, mas com serviço fiel: “Apascenta minhas ovelhas.”

Queridos irmãos, se hoje Jesus se aproxima de nós — e Ele se aproxima — é para nos servir novamente. Ele nos alimenta com sua Palavra e nos nutre com sua Eucaristia. Ele nos fortalece com seu Espírito. Tudo isso para que também nós, alimentados por Ele, aprendamos a repartir. A vida cristã autêntica começa quando deixamos de buscar apenas o nosso alimento e passamos a partilhar o que recebemos.

Portanto, deixemos Jesus nos servir. Aceitemos com humildade o pão que Ele oferece. Reconheçamos sua presença viva em nossos gestos mais simples. E, como Pedro, digamos: “Senhor, tu sabes tudo, tu sabes que eu te amo.” E amamos, de fato, apascentando, cuidando, servindo.

Porque quem ama como Jesus ama, distribui-se como Ele se distribuiu. Amém.