
Essa cena é um espelho. Quantas vezes preferimos o silêncio da comodidade à coragem da conversão? Homilia de hoje – Liturgia da Missa de 6ª-feira, 11/04/25
Homilia de hoje – Missa de 6ª-feira, 11/04/25
O Evangelho de hoje nos apresenta mais um momento de tensão entre Jesus e os judeus. Um momento que revela, ao mesmo tempo, a ousadia da verdade, a cegueira do coração humano e a misteriosa liberdade do Cristo. “Procuravam prender Jesus, mas ele escapou-lhes das mãos.” Essa frase, tão simples, carrega em si uma profundidade teológica impressionante.
Jesus está no centro do Templo, diante das autoridades religiosas, e declara, sem medo, sua unidade com o Pai: “O Pai está em mim e eu no Pai.” Uma afirmação escandalosa para os seus ouvintes. Não por causa de suas obras — que eram boas, curativas, libertadoras — mas por sua identidade. Ele não apenas fala de Deus. Ele se apresenta como o Filho consagrado, o Enviado, o Deus conosco. E por isso, dizem: “Tu, sendo apenas um homem, te fazes Deus.”
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Mas o que para eles era blasfêmia, para nós é o coração da fé cristã. Sim, Jesus é verdadeiro homem. Mas é também verdadeiro Deus. N’Ele, Deus se fez carne, tocou o pó da terra, entrou na história. Sua humanidade não anula sua divindade — a revela. É por isso que Ele diz: “Mesmo que não queirais acreditar em mim, acreditai nas minhas obras.” Ele convida a fé pela razão, pela evidência do amor, pelo testemunho vivo de suas ações.
E ainda assim… tentam prendê-lo. O escândalo da Encarnação continua a ser rejeitado. O amor que se entrega é mal interpretado. A luz incomoda os que preferem a sombra. Mas então vem a frase que queremos contemplar: “Procuravam prendê-lo, mas ele escapou-lhes das mãos.”
Isso não é apenas um dado histórico. É um sinal espiritual. Jesus escapa não porque é astuto ou fugidio, mas porque sua hora ainda não chegou. Ele caminha dentro do tempo do Pai. Ele não será vencido pela violência. Ele entregará a vida por amor. Não o dominarão — Ele se entregará livremente. Até o último instante, sua missão está sob a condução do alto.
Essa liberdade de Jesus nos ensina algo essencial: ninguém pode deter o desígnio de Deus. Nenhuma pedra, nenhuma armadilha, nenhuma oposição consegue prender Aquele que é a Palavra viva. Ele escapa das mãos humanas porque sua vida não está nas mãos dos homens, mas nas mãos do Pai.
E, ao mesmo tempo, essa cena é um espelho. Quantas vezes, diante da verdade, nós também preferimos o silêncio da comodidade à coragem da conversão? Quantas vezes queremos calar Jesus, apagá-lo da nossa consciência, quando suas palavras nos confrontam? Procuramos, às vezes sem perceber, aprisionar Deus dentro de nossos critérios, de nossa lógica, de nossos medos. Mas Ele escapa. Ele é maior. Ele é livre. E permanece, esperando o momento em que nosso coração também se abra.

No final do Evangelho, Jesus atravessa o Jordão e vai para o lugar onde João batizava. Ele volta às origens. E ali, longe dos poderosos, encontra corações simples. E muitos acreditam nele. Porque a fé, meus irmãos, floresce onde há humildade. Onde há abertura. Onde há verdade.
Hoje, deixemos que essa Palavra nos liberte. Não tentemos mais prender Jesus a nossos moldes. Deixemos que Ele nos conduza. Sigamos suas obras. E permitamos que sua presença escape das mãos do controle… para tomar por inteiro o nosso coração. Amém.