Homilia de hoje – Liturgia da Missa de 4ª-feira, 30/04/25

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Homilia de hoje – Missa de 4ª-feira, 30/04/25

Chegamos hoje a um dos cumes do Evangelho. Não um simples versículo, mas uma janela escancarada para o coração de Deus. João 3,16. Quantas vezes já ouvimos? Quantas vezes o repetimos quase como uma senha da fé? “Deus amou tanto o mundo, que deu o seu Filho unigênito, para que não morra todo o que nele crer, mas tenha a vida eterna.” Sim, é isso. Mas hoje, peçamos mais do que entender. Peçamos para entrar dentro dessa Palavra como quem mergulha num oceano.

Deus amou tanto o mundo… Que mundo? Esse mundo de guerras, de ganância, de injustiças? Esse mundo onde inocentes morrem, onde a mentira se disfarça de verdade, onde a cruz parece vencer o amor? Sim, exatamente esse mundo. O que a gente construiu com nossas mãos feridas. Esse mundo que, aos olhos humanos, parece tão pouco amável. Pois foi por ele que Deus entregou o que tinha de mais precioso: o Filho.

E aqui entra o mistério. Ele não veio com condenação. Veio com compaixão. Não veio apontar o dedo. Veio abrir os braços. Não veio como juiz de toga. Veio como médico das almas. Porque Deus não se cansa de salvar. Não desiste. Ele é apaixonado. E como todo apaixonado, vai até o fim. Vai até a cruz. Vai até o sepulcro. E volta, vivo, para nos buscar.

Mas o amor não obriga. Ele oferece. Convida. Propõe. Por isso, Jesus continua: “Quem nele crê, não é condenado.” Não é o Pai quem condena. É o próprio coração que, ao fechar-se à luz, se tranca nas trevas. Deus não envia o Filho para castigar. Mas quem não quer a luz, acaba tropeçando na própria sombra.

As profecias de São Malaquias 2ª edição

A vida na luz

E a luz veio ao mundo. Oh, como veio! Brilhou em Belém, cresceu em Nazaré, curou em Cafarnaum, perdoou em Jerusalém, resplandeceu no Gólgota, e hoje, ilumina nossos caminhos. Mas muitos a recusaram. Preferiram o escuro. Porque a luz revela. Expõe. Desmascara. E quem vive de aparência teme ser visto.

Mas quem age conforme a verdade… Ah, esse corre para a luz! Não porque se ache perfeito, mas porque deseja ser purificado. Porque sabe que, na luz, até os erros são reciclados em graça. A vida na luz é vida em Deus. É transparência, liberdade, comunhão.

E tudo isso, meus irmãos, brota de um único movimento: Deus deu. Deu o Filho. Não emprestou. Não alugou. Deu. E quem ama, se dá. Quem ama, se entrega. Quem ama, salva.

Hoje, deixemo-nos alcançar por esse amor que não faz cálculos. Que não espera merecimento nem se adianta. Que nos visita até quando fugimos. E deixemos que essa luz entre, cure, transforme.

Porque Deus amou. Deus deu. Deus salvou.

E a nós cabe crer. Confiar. Seguir. Amém.