Homilia de hoje — Liturgia da Missa de 4ª-feira, 21/05/25

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Homilia de hoje – Liturgia da Missa de 4ª-feira - homilias.com.br

Homilia de hoje — Liturgia da Missa de 4ª-feira, 21/05/25

“Aquele que permanece em mim, e eu nele, esse produz muito fruto.”

Meus irmãos, o Senhor hoje não fala em metáforas vagas, pois Ele escolhe imagens fortes, íntimas, orgânicas, nem se apresenta como algo ao lado de nós, mas como algo em nós. Ele diz: “Eu sou a videira, vós os ramos.”, e com isso, toca o centro da nossa fé: a união real entre Cristo e aqueles que lhe pertencem.

Jesus não oferece uma inspiração. Ele oferece comunhão. Não uma convivência externa, mas uma incorporação vital. Não diz: “sigam-me de longe”, mas “permanecei em mim, e eu em vós.”, mas há aqui uma teologia de vida interior, de enraizamento, de dependência. Essa permanência não é simbólica, nem poética — é espiritual e real. A seiva que dá vida ao ramo é a própria graça divina, fluindo do Cristo para aquele que nele vive.

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Vínculo com Cristo

O que é permanecer? Não é estagnar. É habitar. É viver de modo que a fonte da nossa existência não esteja mais em nós, mas n’Ele. Permanecer é ser moldado pela palavra. É não buscar sustento fora do tronco que sustenta tudo. Quem permanece frutifica porque não age a partir de si, mas a partir de Deus.

Cristo afirma algo que devemos gravar com fogo no coração: Sem mim nada podeis fazer”, não pouco, mas absolutamente nada! Isso desconstrói qualquer presunção de autonomia espiritual. Não basta boa vontade e tampouco religiosidade aparente. O ramo fora da videira seca. Ele até pode conservar forma, mas perde vida. Assim é o cristão separado da oração, da Eucaristia, da Palavra, da graça.

Esse Evangelho nos ensina que a vida cristã não é um acúmulo de práticas, mas um vínculo com o próprio Cristo. Não é fruto do esforço, mas da permanência. E essa permanência exige purificação. O Pai, como bom agricultor, poda. Limpa. Remove o que impede o crescimento. Não para punir, mas para gerar mais fruto.

O fruto que brota dessa união não é sucesso, nem influência, nem segurança humana. O fruto é conversão, paciência, caridade, fidelidade. É santidade concreta. É o amor que não se explica, mas se manifesta em atitudes. E esse fruto glorifica o Pai — porque só Ele tem o poder de produzi-lo em nós.

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Permanecer

Por fim, o Evangelho nos dá uma promessa que escapa a qualquer cálculo humano: “Se permanecerdes em mim e minhas palavras permanecerem em vós, pedi o que quiserdes e vos será dado.” Isso não é um cheque em branco. Isso é a consequência de uma vontade transformada. Quem permanece em Cristo já não deseja o que é inútil. Passa a querer aquilo que Deus quer. E o que Deus quer, Ele concede.

Então, irmãos, não nos iludamos: sem a permanência, tudo murcha. Com ela, tudo floresce. Vivamos unidos à videira. Alimentemo-nos da graça. E seremos não somente ramos vivos, mas testemunhas de um Deus que faz frutificar onde antes só havia secura. Amém.