Homilia | A Profunda Unidade do Filho com o Pai | Jo 10,22-30
Homilia | A Profunda Unidade do Filho com o Pai | Jo 10,22-30
Eu e o Pai somos um
Caros irmãos e irmãs em Cristo, hoje, no coração do tempo litúrgico, somos convidados a refletir sobre um dos mistérios mais profundos de nossa fé, revelado no Evangelho de São João. Neste trecho sagrado, Jesus Cristo, o Filho de Deus, proclama: “Eu e o Pai somos um”. Esta afirmação, feita no contexto solene da festa da Dedicação do Templo, em Jerusalém, é um dos pilares da nossa teologia cristã sobre a natureza divina de Cristo e a sua íntima união com o Pai.
Celebrava-se a Dedicação do Templo, uma festa que recordava a purificação do Templo por Judas Macabeu e a restauração do culto autêntico a Deus. É neste cenário simbólico que Jesus escolhe revelar a profundidade de sua relação com o Pai, um tema que não apenas toca o cerne da nossa doutrina trinitária, mas também desafia diretamente as dúvidas e as incompreensões dos que o rodeavam.
Os judeus, confusos e ansiosos por clareza, interpelam Jesus sobre sua identidade: “Se tu és o Messias, dize-nos abertamente”. A resposta de Jesus, embora direta, vai além de uma simples afirmação de identidade messiânica; ela aponta para a realidade de suas obras como manifestações do poder e da vontade do Pai. “As obras que eu faço em nome do meu Pai dão testemunho de mim”, diz Jesus. Aqui, meus irmãos, é crucial entendermos que cada milagre, cada ensinamento e cada ato de misericórdia realizado por Jesus são reflexos da obra divina, confirmados pelo testemunho de sua unidade com o Pai.
Mas por que, então, alguns não acreditavam? Jesus mesmo responde: “Vós, porém, não acreditais, porque não sois das minhas ovelhas”. Esta declaração não é um mero julgamento, mas uma constatação da realidade espiritual que divide os que reconhecem a voz do Pastor divino daqueles que ainda estão perdidos no ruído do mundo. A voz de Cristo, o Bom Pastor, é seguida por aqueles que são verdadeiramente suas ovelhas — aqueles que, pela fé, foram chamados à verdadeira vida.
A promessa que segue é de uma segurança eterna e inabalável: “Eu dou-lhes a vida eterna e elas jamais se perderão. E ninguém vai arrancá-las de minha mão”. Aqui, o poder e a autoridade de Jesus são apresentados em sua plenitude, garantindo a salvação que nem mesmo as forças do mal podem usurpar.
No ápice de nosso texto, a declaração “Eu e o Pai somos um” não apenas reafirma a divindade de Jesus, mas também ilumina a doutrina da Trindade, onde Pai e Filho, juntamente com o Espírito Santo, são distintos, mas não divididos, em sua essência divina. Esta verdade é o fundamento de nossa fé e o motivo pelo qual, em todas as nossas orações e liturgias, glorificamos o Deus Triúno e Uno.
Portanto, irmãos e irmãs, ao meditarmos sobre essas verdades, que nossa fé seja fortalecida e nossa vida refletida pelo conhecimento de que em Cristo, unidos a Ele através da fé, estamos também unidos ao Pai, participantes da vida eterna que Ele nos prometeu. Que esta certeza ressoe em nossos corações e nos guie em nosso caminhar diário com Deus. Amém. (LC)
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