Homilia – A fonte de todo consolo

Homilia – A fonte de todo consolo

 

 

 

 

Homilia – A fonte de todo consolo

 

A fonte de todo consolo

 

 

 

 

   Bendito seja Deus, Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo, Pai de misericórdias e Deus de toda a consolação (2 Cor 1, 3).

 

   I. Nós bendizemos a Deus, e Deus nos bendiz a nós, porém de maneira distinta. Para Deus, dizer é fazer, como diz a Escritura: Ele disse, e tudo foi feito (S1 32, 9). Para Deus, bendizer é fazer o bem e derramar o bem. Mas nosso dizer não é causal, reconhece apenas, e expressa o que existe. Para nós bendizer é o mesmo que reconhecer o bem. Logo, quando damos graças a Deus, o bendizemos, isto é, o reconhecemos como bom e provedor de todos os bens.

 

   Por conseguinte, o Apóstolo retamente dá graças ao Pai, porque é misericordioso e consolador. Os homens necessitam sobretudo de duas coisas:

 

   1° que se lhe tirem os males, e isto o faz a misericórdia, que tira a miséria. O compadecer-se é próprio do Pai.

 

   2° Ser sustentado nos males que lhes sobrevêm, e isto se chama propriamente consolar, pois se o homem não tivesse algo em que descansar seu coração, quando lhe sobrevêm os males, não subsistiria. Então, alguém consola a outro, quando lhe leva algum refrigério com o que se alivia dos males. E mesmo quando em alguns males pode o homem ser consolado, descansar e ser fortalecido, não obstante, somente Deus é o que nos consola em todos os males. Por isso diz: Deus de toda a consolação, porque se pecas, te consola Deus, pois é misericordioso. Se és afligido, Ele te consola, ou tirando-te da aflição com seu poder, ou julgando com justiça. Se trabalhas, te consola recompensando-te: Eu sou a tua recompensa (Gn 15, 1). Por isso se diz: Bem-aventurados os que choram (Mt 5, 5).

 

   II. Para que também possamos consolar os que estão em qualquer angústia (2Cor 1, 4).

 

   Existe uma ordem nos dons divinos. Pois Deus dá a alguns dons especiais, para que estes, por sua vez, os derramem para utilidade dos demais; assim não dá a luz ao Sol para que se alumie a si mesmo, senão a todo o mundo; por isso quer que recaia sobre os outros alguma utilidade de todos nossos bens, seja riquezas, poder, ciência, sabedoria. E assim diz o Apóstolo: O qual nos consola em todas as nossas tribulações (2Cor 1, 4); mas para quê? Não unicamente para nosso bem pessoal, senão para que Ele aproveite aos demais. Por isso diz: Para que também possamos consolar.

 

   Podemos consolar a outro pelo exemplo de nossa consolação; pois quem não experimentou consolo, não sabe consolar. O espírito do Senhor repousa sobre mim… para consolar todos os que choram (Is 61, 1-2). Podemos consolar exortando à paciência nos padecimentos, prometendo prêmios eternos. E deste modo nosso consolo se converte no consolo dos outros.

 

– In II Cor., I, 3

 

 

 

 

 

Homilias diárias - junho de 2023: de acordo com o Calendário Litúrgico da Igreja Católica

 

 

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