Aspectos Teológicos do Evangelho de Jo 15, 9-17

Aspectos Teológicos do Evangelho de Jo 15, 9-17Não fostes vós que me escolhestes, mas fui eu que vos escolhi

Não fostes vós que me escolhestes
Não fostes vós que me escolhestes

A Escolha Divina e Sua Missão

Queridos irmãos e irmãs em Cristo, ao refletirmos sobre o evangelho segundo João, encontramos uma declaração poderosa de Jesus que toca o cerne de nossa fé e vocação: “Não fostes vós que me escolhestes, mas fui eu que vos escolhi.” Esta afirmação de Cristo não é apenas um lembrete de Sua iniciativa em nos chamar para o discipulado, mas também uma revelação profunda sobre a natureza do amor e da missão que Ele nos confia.

Contexto Teológico

  1. A escolha de Jesus não é baseada em nossos méritos ou capacidades. Assim como o amor do Pai pelo Filho é a origem do amor de Cristo por nós, a iniciativa de nossa salvação começa com Deus, não conosco. Esta escolha divina é um ato de graça, onde Deus nos busca, nos chama e nos capacita a seguir Cristo.
  2. Jesus eleva seus seguidores de servos a amigos. Esta transformação no relacionamento é significativa. Como amigos, somos convidados a conhecer intimamente os propósitos de Deus e a participar ativamente em Sua obra, não como subordinados cegos, mas como companheiros informados e comprometidos.
  3. A escolha de Jesus tem um propósito claro: “vos designei para irdes e para que produzais fruto e o vosso fruto permaneça.” Não somos escolhidos apenas para benefício pessoal, mas para uma missão que tem impactos duradouros — a de levar adiante o amor e a verdade de Cristo ao mundo, produzindo resultados transformadores que perduram.
  4. A declaração de Jesus que Ele escolheu os discípulos, pode ser vista à luz do conceito teológico da predestinação, que trata do plano divino no qual Deus escolhe algumas pessoas para um propósito específico. Esta escolha não anula o livre-arbítrio humano, mas trabalha em conjunto com a resposta humana à graça de Deus. Em João, a ênfase está no amor e na iniciativa de Jesus em chamar seguidores, convidando-os a responder com fé e obediência. Este é um equilíbrio delicado entre ser escolhido por Deus e escolher seguir a Cristo em resposta a esse chamado.
  5. Ao dizer “Não fostes vós que me escolhestes, mas fui eu que vos escolhi”, Jesus também sublinha o significado da Encarnação. A vinda de Cristo ao mundo foi um ato deliberado de escolha de Deus para entrar na história humana e redimi-la. A Encarnação revela que Deus escolhe se envolver intimamente com a humanidade, não apenas como um salvador distante, mas como alguém que caminha ao lado de seus seguidores, compartilhando suas lutas e sofrimentos.
  6. A escolha de Jesus pelos Seus discípulos também simboliza a inauguração da Nova Aliança, prometida nas escrituras hebraicas e instituída através da vida, morte e ressurreição de Jesus. Ao contrário das alianças anteriores que dependiam da obediência à Lei, esta nova aliança é baseada na graça e é acessível através da fé em Cristo. A escolha divina dos discípulos é um modelo da escolha de Deus de todos os crentes sob a Nova Aliança, marcada não apenas pela observância externa, mas pelo amor transformador que flui do coração.
  7. Integrando esses conceitos, vemos que a escolha divina não é um tema isolado, mas tecido ao longo de toda a narrativa bíblica, refletindo o coração amoroso de Deus que busca ativamente uma relação com a humanidade. Essa escolha é revelada na predestinação, na Encarnação, e na oferta da Nova Aliança — todas demonstrações do desejo de Deus de restaurar e redimir Seu povo.
  8. Esses aspectos teológicos nos convidam a refletir sobre nossa própria resposta à escolha de Jesus. Como membros da Nova Aliança, somos chamados a viver uma vida que reflete o amor e o compromisso com o Reino de Deus, reconhecendo e celebrando a graça que nos foi dada por meio de Cristo, que nos escolheu primeiro.

Implicações Práticas

  1. O mandamento que Jesus reitera, “amai-vos reciprocamente”, está intrinsecamente ligado à nossa escolha e missão. Este amor não é um sentimento superficial, mas um compromisso ativo de buscar o bem do outro, espelhando o sacrifício de Cristo que deu Sua vida por nós.
  2. Saber que fomos escolhidos por Cristo nos dá um senso de propósito e direção. Cada um de nós é chamado a viver e a trabalhar de maneira que reflita a graça de Deus. Isso significa servir aos outros, compartilhar o Evangelho e fazer escolhas diárias que glorifiquem a Deus.
  3. A garantia de que “o que então pedirdes ao Pai em meu nome, ele vo-lo concederá” nos encoraja a manter uma vida de oração robusta. Ao pedir em nome de Jesus, devemos alinhar nossos desejos com Sua vontade e propósitos, confiando que Deus responderá conforme o que é melhor para nós e para o Seu reino.
  4. Permanecer no amor de Jesus, como Ele permanece no amor do Pai, é essencial para nossa jornada de fé. Isso significa uma adesão constante aos Seus ensinamentos e um comprometimento com o estilo de vida que Ele propõe.

Portanto, meus irmãos e irmãs, ao reconhecermos que Jesus nos escolheu e nos designou para uma missão divina, que possamos abraçar essa vocação com coragem e humildade. Que nossa resposta a essa escolha seja uma vida marcada pelo amor, pelo serviço e pela fidelidade, trazendo luz a um mundo que tanto precisa do amor redentor de Cristo. Amém. (Pe. LC)

Isto é o que vos ordeno:
amai-vos uns aos outros.
Palavra da Salvação.

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